tag:blogger.com,1999:blog-36635549544252089422024-03-19T06:35:11.429-03:00Blog de uma viajante das crônicasQualquer semelhança com a realidade não será mera coincidência.Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.comBlogger65125tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-75109123602391765482024-03-01T00:06:00.001-03:002024-03-01T18:21:57.606-03:00Estranha partida<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmKWnnto35KPblDKttrZ3duk28d71zUailo2kT6j9hvpy7mc3gNtldqDswPvgsSCNQ79DTCfY8aeq0fISbLsexGaIp4lDgQqf-AlnYqLWacRHemLrPQP7rv0eSLRFiwa4tCPylCm8sdJab1jbPAjKQOOoQXACcp02heKjdVXyeDxB7Lmk4zTNroNvB0WMg/s288/Partida.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="193" data-original-width="288" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmKWnnto35KPblDKttrZ3duk28d71zUailo2kT6j9hvpy7mc3gNtldqDswPvgsSCNQ79DTCfY8aeq0fISbLsexGaIp4lDgQqf-AlnYqLWacRHemLrPQP7rv0eSLRFiwa4tCPylCm8sdJab1jbPAjKQOOoQXACcp02heKjdVXyeDxB7Lmk4zTNroNvB0WMg/s1600/Partida.jpg" width="288" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Abigail (joyflowerphotography)</td></tr></tbody></table><br />
<p></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Para uma amiga<br /><br />A
última vez que nos encontramos foi em um encontro de mulheres em
busca de crescimento interior. Seria um momento de descontração e
de aprendizados sobre nós mesmas. Entretanto, uma vez mais ela viu
como uma oportunidade de também reviver um passado não resolvido,
de revolver velhas feridas.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Bastava
cair em um assunto que a remetesse aos traumas de uma criação
dolorosa, para cenas daqueles duros capítulos virem à tona. Era uma
vida inteira para relembrar, se entristecer, chorar e até achar
graça. Uma bagagem que carregava aonde quer que fosse. Uma vivência
contraditória entre risos e lágrimas. Uma natureza alegre, uma
gargalhada fácil que contaminava quem a cercava e incomodava os não
afeitos a esse tipo de expressão positiva.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Quando
a conheci na empresa em que trabalhava, logo trocamos amabilidades e nos
afeiçoamos. Nossos momentos de tensão no trabalho eram
compartilhados e uma apoiava a outra. Eram tempos difíceis, quando
precisávamos lidar com chefias de egos inflados e situações de
assédios morais. Tenho a convicção de que suportei tais
experiências, porque nos piores momentos suas palavras de apoio eram
o impulso de que precisava para sair do estado mental em que era
jogada a cada episódio depreciativo.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ela,
por seu lado, também sofria suas injúrias como no dia no qual que
seu chefe a proibiu de liberar sua risada descontraída no ambiente
laboral. Ele a convocou para uma conversa na sala de reunião ao lado
da minha. Do meu birô, pude ouvir o choro da minha amiga ao receber
aquela ordem descabida. A princípio, fiquei penalizada ao perceber o
efeito daquela determinação, mas depois a convenci de fazer daquilo
um motivo para rirmos ainda mais. Afinal o chefe era um líder de
atitudes incoerentes e, por vezes, dissonantes do cargo que ocupava,
como cochilar em reuniões importantes.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em
nossas conversas no horário do almoço, refeição que fazíamos
juntas, me divertia com suas histórias de vida, cheias de
desventuras. Ela foi a única pessoa que conheci capaz de rir e
chorar de uma mesma história, depois de contá-la com exageros e
tudo o mais.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Apesar
dos pesares do dia a dia na empresa, tivemos momentos divertidos em
que fazíamos um trabalho juntas para atendimento externo, fora do
nosso ambiente diário. Foram inúmeros almoços ao lado de outros
colegas de uma equipe que nos apoiava tecnicamente. Dávamos boas
risadas caçoando uns dos outros quando o contexto criava a
oportunidade.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Foram
seis anos de convivência na empresa. Nesse período, acompanhei o
crescimento dos filhos dela ao saírem da adolescência para a vida
universitária, bem como os problemas de uma mãe para lidar com essa
transição. Testemunhei o seu extremo amor aos filhos e ao marido
com o qual viveu uma história permeada de peculiaridades. Além
disso, vi de perto o quanto era uma pessoa na qual as emoções
estavam sempre à flor da pele e em níveis que beiravam os extremos.
Tudo tão exacerbado! Não era uma novidade quando ela somatizava as
ocasiões em que a vida lhe colocava à prova. Volta e meia estava no
departamento médico. O remédio: quando não recebia um ansiolítico,
simplesmente era encaminhada para repouso na enfermaria.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Quando
saí da empresa mantivemos a amizade. Nos encontramos algumas poucas
vezes a fim de colocar as conversas em dia, mas quando isso não era
possível, falávamos por telefone ou via mensagens. No nosso último
encontro, pude perceber o quanto ainda vivia assombrada pela
traumatizante criação recebida de uma mãe que rejeitava alguns de
seus filhos. Tentei ajudá-la, alertando-a de que precisava cuidar
para espantar esse fantasma do passado. No entanto, já era muito
tarde. O mal já estava feito. O constante sofrimento ao qual se
condenou, minou sua vida e saúde.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">De
repente, minhas mensagens para ela começaram a não ter retorno. Não
tinha outra forma de nos comunicarmos e quase dois anos depois da
última resposta, fui contactada por sua filha. Ela me contou que a
mãe que ela possuía praticamente havia partido. Em seu lugar
pousara um espírito triste, estranho, dependente e muitas vezes
ausente. Era apenas um corpo quase sem memória que gradativamente
desaprende, como uma fita que vai sendo apagada do fim para o
começo. Agora um Alzheimer comandava aquele corpo e alma. Se
antes era cheio de emoção, vida, energia, personalidade, após a
doença, apenas um olhar distante parece habitá-lo, falando tudo por
si só.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Foi
um choque receber essa notícia. Tive a sensação de um luto. Sabia
que havia perdido a minha amiga. Sem que pudéssemos nos despedir,
seu espírito partiu e hoje sou uma vaga lembrança para ela. Queria
muito ter lhe dito o quanto foi importante para mim e lhe falar de
coisas minhas as quais tenho certeza de que a deixariam feliz. Fiz
isso por uma vídeo chamada em uma janela de relativa lucidez dela.
Foi como se ela visse uma velha e boa conhecida. Esboçou um sorriso
distante, lembrou que eu significava algo de bom para ela e me
devolveu um beijo que lhe transmiti. Ela ficava genuinamente feliz
com as minhas conquistas. Era alguém com quem eu podia brincar
livremente, sempre reagindo com uma divertida risada ou um sorriso
meigo, pois era como me tratava.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Saudades
de você amiga! E onde quer que sua consciência esteja, sinta a boa
energia a qual fluía entre nós. Em sua última mensagem para mim,
você deixou registrada a falta que sentia da nossa convivência e
que seríamos amigas para sempre. Sim. Seremos.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">29/02/2024<br />
</p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-67425160959980960902024-01-06T12:03:00.000-03:002024-01-06T12:03:47.499-03:00O poder de adotar uma mãe<p style="text-align: left;"></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhybVfiKX2nWsqchSrGVOGJtm7I1y4BMuVtmWcprIr9cT2YEPhC2n8ddLpaNRL1ZTI-R4BCylhx5_FcLeg-5PchyIdmjJvlsUEzbwKCUMUFrg4aBl5KiOb8IFFb0yIpSDcVhkVuAEsd1-XbolMzfbrAKa9STsVVWfcvfhblNgjFdmRWrkz_IC3InffPdWRz/s337/Mae_Filho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="226" data-original-width="337" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhybVfiKX2nWsqchSrGVOGJtm7I1y4BMuVtmWcprIr9cT2YEPhC2n8ddLpaNRL1ZTI-R4BCylhx5_FcLeg-5PchyIdmjJvlsUEzbwKCUMUFrg4aBl5KiOb8IFFb0yIpSDcVhkVuAEsd1-XbolMzfbrAKa9STsVVWfcvfhblNgjFdmRWrkz_IC3InffPdWRz/w251-h168/Mae_Filho.jpg" width="251" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Patrícia Prudente<br /></td></tr></tbody></table><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em
meio a uma sessão de Pilates, de repente, escutei de um aluno o
relato de que havia colocado o nome da tia na sua certidão de
nascimento. Como assim? Aquilo me soou um tanto fora do comum, porque
simplesmente não sabia nem imaginava que isso seria possível.
Fiquei confusa e não consegui processar a informação.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Provavelmente,
o mesmo sentimento invadiu a professora que, externando surpresa e
tomada pela incompreensão diante do que acabara de ouvir, pediu que
ele se explicasse. Ante a revelação inusitada, nos dispusemos a
ouvir sobre uma relação de amor maternal entre um sobrinho e uma
tia. </span>
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O
novo filho, segundo as leis, contou que, desde muito pequeno, a tia
havia ajudado a criá-lo, quando a mãe precisava se ausentar para
trabalhar. Com isso, nasceu uma conexão de mãe e
filho que, na adolescência, lhe levou a ir morar na casa da tia. Fez
questão de deixar clara a existência de uma boa relação com a mãe,
mas que, quando ela se casou pela segunda vez, ele escolheu ficar com
aquela que também aquecia o seu coração de filho.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Até
aí poderia ser uma história como outras tantas, caso esse rapaz,
recém adentrado na maioridade, não tivesse solicitado a inclusão
do nome da tia como uma segunda mãe e a adição do sobrenome dela
ao seu nome. Diante de nossa admiração, ele justificou, de forma
natural, que seria um reconhecimento pela posição que ela sempre
ocupara e que, se a lei permitia, seria justo.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">É
preciso admitir que a atitude do jovem rapaz, embora natural aos seus
olhos, certamente, é algo incomum. Após o ocorrido, não pude
evitar de refletir a respeito. Fiquei a me perguntar que amor tão
grande faz alguém tão jovem ter a atitude de registrar o seu
reconhecimento de uma outra maternidade, quando a sua mãe verdadeira
também o criou e está viva. Além disso, quis entender como foi
possível fazer algo desse gênero, sem um processo judicial e, em
que momento, esse direito tinha sido dado aos filhos.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Descobri
que a possibilidade de uma multiparentalidade foi o resultado de uma
decisão do Supremo Tribunal Federal, que autoriza o reconhecimento
de no máximo duas mães ou dois pais. É claro que é preciso
obedecer a uma série de requisitos como comprovar a relação de
afetividade e a aceitação das partes envolvidas, incluindo os pais
biológicos. <br />
<br />
Se ponderarmos um pouco a respeito, podemos
enxergar que a decisão resolve uma questão humana. E, sob esse
aspecto, é fácil imaginar que seu uso mais frequente seria nos
casos em que a família é reconfigurada. Neste caso, o padrasto ou
madrasta desenvolve uma afetividade significativa com o enteado e
deseja reconhecê-lo, judicialmente, como filho. Porém, depois de
ver de perto uma outra possibilidade, de certa forma atípica, pude
perceber que muitas outras podem advir dessa janela que se abriu,
permitindo consolidar uma forma de amor tão inesperada, quanto a sua
judicialização.<br /></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">06/01/2024<br /></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-62490614767369773222023-12-08T11:44:00.000-03:002023-12-08T11:44:03.433-03:00 Não inventa!<p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIHGlADpQlcoGVvtz-7wt8UDt9VFVf9BWnMba2DmpzrXA9EoZnShaYvehfqtUeBvKPOuT8l0vF29RyBNFl1g8LjFxsxoQx1qPLvr5j57AZCLbyUYuZLhsfhKtFWsS_Fv25HekKRL-vzr90EdLjeFNsasyy4CXY9g2nayhQMu99kqPx8ZqyrGqk8vUgy4VQ/s415/Baiao2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="415" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIHGlADpQlcoGVvtz-7wt8UDt9VFVf9BWnMba2DmpzrXA9EoZnShaYvehfqtUeBvKPOuT8l0vF29RyBNFl1g8LjFxsxoQx1qPLvr5j57AZCLbyUYuZLhsfhKtFWsS_Fv25HekKRL-vzr90EdLjeFNsasyy4CXY9g2nayhQMu99kqPx8ZqyrGqk8vUgy4VQ/w304-h265/Baiao2.jpg" width="304" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Baião sem invencionices<br /></td></tr></tbody></table> </p><p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
Cozinhar
foi algo que aprendi cedo. Comecei com bolos, depois, sobremesas, até
que cheguei nos pratos para almoço. Primeiro, coisas simples,
evoluindo para as receitas especiais de final de semana, quando a
família podia almoçar junta.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;"><a name="__DdeLink__177_2390033126"></a>
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Foi
assim até me casar e meu marido mostrar seus dotes culinários, além
de agilidade na cozinha. Nesse caso, o deixei à vontade para exercer
essa função, já que lhe dava prazer e seria algo de grande ajuda
para a vida de uma esposa multitarefa.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Ele
começou aos poucos e foi se aprimorando. Como um bom cearense,
aprecia um baião de dois e apresentou à minha família e a mim esse
prato prático e gostoso. Logo, todos corroboraram a preferência por
essa receita e ela se tornou tradicional em nossa casa.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Embora
o prato seja essencialmente preparado com feijão e arroz, o modo
como essa junção é realizada e de acordo com a escolha dos
aditivos para dar sabor, o resultado pode variar bastante. Após
anos, compondo essa receita e pesquisando os vários métodos de seu
preparo, ele finalmente chegou a um sabor, o qual elegemos como sendo
o ideal. Como ele é o tipo do cozinheiro que gosta de experimentar
variações, volta e meia testava algo diferente, mesmo tendo
encontrado o sabor que passou a ser o nosso favorito.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Confesso
que, quando ele fazia esses testes, eu ficava brava e o questionava a
respeito. Até que um dia decidi resolver a questão e aí, quando
pedia para que fizesse o baião, já ia logo botando ordem na casa:
"Não inventa! Nada de fazer experimentos!". Essa foi a
forma de garantir que nossos almoços tivessem o sabor esperado e sem
surpresas.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Depois
que adotei esta prática, percebi que ela também poderia ser
aplicada para outras comidas. E assim foi para o arroz carreteiro e o
pudim de leite, outras vítimas dos experimentos. Só lamento não
ter conseguido salvar um delicioso bolo de banana, que ele começou a
fazer e sempre dava certo. Essa, depois de tanto inventar, perdeu a
receita original. As novas, que conseguiu na Internet tiveram
resultados ruins. Não foram aprovadas para serem promovidas ao
caderno onde ficam as que costumamos fazer. Uma lição para o meu
chef caseiro, o qual se tornou um cozinheiro mais cuidadoso e um
cientista menos impulsivo na cozinha.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 0.42cm; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><br />
08/12/2023</span></span></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-48821757893420442462023-11-04T00:17:00.001-03:002023-11-04T09:47:20.624-03:00Limitando o outro<p> </p><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSBwBacnHb440zU3AXYYqwTZJ64NL-C4jx2gvsdUK_w5HfggRXg9pOB_ia8nYNOstVgf-FeQg0Hr_DujnhViPMuKwwIEnIQuHRhWTaYx6gexJtNy_DuxWfb3_Qd-nTn4hdo45zULFrvUy5fs8BVfasZjOvaJDzNCr2WtGOkbrZ3emXnb3GKQqbDZTGPvlY/s404/Mulher.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="303" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSBwBacnHb440zU3AXYYqwTZJ64NL-C4jx2gvsdUK_w5HfggRXg9pOB_ia8nYNOstVgf-FeQg0Hr_DujnhViPMuKwwIEnIQuHRhWTaYx6gexJtNy_DuxWfb3_Qd-nTn4hdo45zULFrvUy5fs8BVfasZjOvaJDzNCr2WtGOkbrZ3emXnb3GKQqbDZTGPvlY/w164-h218/Mulher.jpg" width="164" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ifrah Akhter</td></tr></tbody></table><br /> <p></p><p></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif">Uma
das características degradantes do ser humano é a capacidade de
limitar o outro para satisfazer suas próprias necessidades,
caprichos, desejos ou o instinto controlador. Isto se aplica,
principalmente, aos homens em relação às mulheres. Desde que o
mundo é mundo, pessoas se consideram superiores, impondo normas e
comportamentos, os quais nada acrescentam à vida.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif">Muitas
regiões do planeta, por meio de crenças religiosas, por exemplo,
ditam vestimentas e comportamentos, especialmente para as mulheres,
</span><span face="Arial, sans-serif">com o intuito de</span><span face="Arial, sans-serif">
atender a regras criadas e mantidas por homens. Estes pouco se
importam se os seres subjugados sofrem com isso ou têm suas vidas
podadas. Assistindo às competições nas Olimpíadas </span><span face="Arial, sans-serif">passadas</span><span face="Arial, sans-serif">,
fiquei imaginando quantas mulheres são impedidas de participar de
vários esportes, pois </span><span face="Arial, sans-serif">não
</span><span face="Arial, sans-serif">poderiam mostrar as formas de
seus corpos. Então </span><span face="Arial, sans-serif">como</span><span face="Arial, sans-serif">
ter</span><span face="Arial, sans-serif">iam</span><span face="Arial, sans-serif">
liberdade de movimentos com um monte de panos em cima delas?</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif">É
muito fácil impor comportamentos para o outro cumprir. Da mesma
forma, traçar caminhos para um terceiro seguir, como escolher
cônjuges e articular casamentos, são, igualmente, maléficos.
Muitas vezes, a vítima até incentiva práticas sofridas por ela
mesma, fato comum em mulheres que absorvem culturas machistas
impostas. Mães ou sogras, por vezes, até ajudam a perpetuar antigos
costumes limitantes, fazendo outras gerações pagarem por terem de
viver sob antigas práticas, as quais não se encaixam em um mundo
evoluído. Em muitos lugares, ainda se vive como na Idade Média,
consequentemente, os conflitos entre os seus iguais ou com outros
países não cessam.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif">As
ditaduras são o maior exemplo de imposição de comportamentos,
criados por seres humanos ou sistemas, para exercício do controle. É difícil compreender como podemos existir na terra, há
milhares de anos, e sermos tão involuídos. Quanto mais a tecnologia
se desenvolve, parece que o ser humano vai na contramão desse
desenvolvimento. Acaba se utilizando do crescimento da inteligência
para controlar ainda mais o outro.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif">É
mesmo lamentável esta</span><span face="Arial, sans-serif">r</span><span face="Arial, sans-serif">mos,
aparentemente, </span><span face="Arial, sans-serif">inclinados</span><span face="Arial, sans-serif">
a escravizar o espírito e o corpo uns dos outros. Afinal, mesmo nos
países mais evoluídos, encontramos mentes retrógradas entregues ao
instinto de superioridade e, principalmente, ao machismo. </span><span face="Arial, sans-serif">Fatores
estes</span><span face="Arial, sans-serif"> </span><span face="Arial, sans-serif">os
quais </span><span face="Arial, sans-serif">são limitadores comuns
e, ainda, cultivados por muitos. </span><span face="Arial, sans-serif">A
esperança, e</span><span face="Arial, sans-serif">ntretanto, </span><span face="Arial, sans-serif">por
um cenário mais positivo, </span><span face="Arial, sans-serif">apesar
</span><span face="Arial, sans-serif">de </span><span face="Arial, sans-serif">toda
e</span><span face="Arial, sans-serif">ssa realidade</span><span face="Arial, sans-serif">,
</span><span face="Arial, sans-serif">é que </span><span face="Arial, sans-serif">felizmente,
existem oásis evolutivos onde vive</span><span face="Arial, sans-serif"> o respeito às simples liberdades básicas </span><span face="Arial, sans-serif">e
</span><span face="Arial, sans-serif">moram</span><span face="Arial, sans-serif">
os que resistem. Mas é preciso manter a vigilância porque os controladores não dormem. A história mostra que eles estão sempre à espera de uma oportunidade para se insurgirem. Então a luta pelas pequenas e grandes liberdades não cessa, afinal ninguém quer carregar </span><span face="Arial, sans-serif" style="text-align: left;">os pesos das amarras desnecessárias. Sigamos de olhos abertos!</span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face="Arial, sans-serif">04/11/2023 <br /></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-18847526413666113142023-10-07T12:04:00.009-03:002023-10-07T12:34:08.117-03:00A vida na boca alheia<p> <br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxPh4sgf80P-BBqWbFByA46P3UNPzkwUkGRrykcXKtcZ09ARuGQHdNBqyZOlG0n1OrKd39iwlhE7S2sT9ldboZGUGW7lzG8Acp8DkBtmEq5iICZogelx7LZl4ndMRZOcyeq35CsLZuM0hkofEAsGlPequGnIvKKnCJ5WOclyVH6TawjLp6sqX_dE77LVix/s320/Fofoca.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="320" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxPh4sgf80P-BBqWbFByA46P3UNPzkwUkGRrykcXKtcZ09ARuGQHdNBqyZOlG0n1OrKd39iwlhE7S2sT9ldboZGUGW7lzG8Acp8DkBtmEq5iICZogelx7LZl4ndMRZOcyeq35CsLZuM0hkofEAsGlPequGnIvKKnCJ5WOclyVH6TawjLp6sqX_dE77LVix/w283-h189/Fofoca.jpg" width="283" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ben White<br /></td></tr></tbody></table><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background: transparent;">Por que o</span></span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
ser humano </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">nutre
a necessidade de falar do </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">próximo</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">? Imagino as</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
mais diversas motivações para isso: curiosidade, inveja, distração, algo
para esquecer a própria vida ou realidade. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Dispor
da </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">vida
alheia parece ser uma característica comum em qualquer lugar do
planeta. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">É
possível que os especialistas tenham uma boa explicação sobre a
verdadeira causa, mas no geral o que tenho ouvido </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">dessas</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">mesmas
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">bocas
é simplesmente porque gostam. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">E
os que divergem a respeito que lutem para entender. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></span>
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">É
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">impressionante
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">a
atração</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">ou
mesmo fetiche </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">pela
vida privada do outro. Algo tão gritante, a ponto d</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">e
matar</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">,
a exemplo do acidente com a princesa Diana. O nível de interesse
pela intimidade da vida dos membros da família real inglesa, por
exemplo, é berrante e sem limites. É fácil perceber isso quando
pensamos nos tabloides ingleses </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">e
americanos </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">ou
nos </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><i>paparazzi</i></span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">,
espécie de ampliadores dessa prática. Estão por toda parte onde
possam existir celebridades </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">para
bisbilhotar o presente e passado dessas, e espalhar para o mundo. É
claro que isso serve também para saciar a sede dos fãs de saber
sobre seus ídolos. É até compr</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">eensível
querermos </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">conhecer</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
mais sobre os famosos, entretanto não é aceitável alguém os
perseguir para capturar flagrantes de sua</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">s</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
intimidade</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">s</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">.
Em geral, eles mesmos contam o suficiente sobre suas vidas em
entrevistas ou até fazem suas biografias.</span></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Com
toda essa gana por uma novidade divulgada </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">em
um boca a </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">boca
sem filtro, sem uma avaliação da notícia ouvida, essa cultura se
tornou um terreno fértil para as </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><i>fake
ne</i></span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><i>ws</i></span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">.
Infelizmente, esse mal se espalhou pelo planeta e se tornou uma arma.
Nas mãos daqueles </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background: transparent;">que</span></span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
perceberam como pode</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">riam</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
utilizar o seu poder, foi um instrumento para destruir pessoas
e verdades e, em seu lugar, erguer impérios de mentiras.</span></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Desde
muito jovem tendo a ficar desconfortável com conversas, girando em torno da vida do
outro ou tratando de julgamentos. Nunca sabemos nem conhecemos, de
fato, o cerne das questões de cada um, então é um equívoco tirar
conclusões baseadas em impressões externas e superficiais.</span></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Em
tempos antigos, o poder da língua alheia ditava o destino e o
comportamento das pessoas. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">As
mulheres costumavam ser as maiores vítimas, mas também tinham a sua
participação na questão. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">Elas
não poderiam ter certos comportamentos, porque </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">ficariam</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
mal faladas. Se fizessem algo contrário aos padrões da época, </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">logo
se tornavam alvos fáceis de uma sociedade contaminada pelo jugo e
pela difamação. Em muitos casos, </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">deveriam
casar ou fazer </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">coisas</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
escondid</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">as</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
para não cair na "falação", como se costumava dizer. </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">O
resultado de tudo isso era v</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">iver
em torno da opinião das pessoas ou das aparências, </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">uma
conduta que </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">permeou
muitas épocas e persiste </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">ainda
em diversos</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
lugares.</span></span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">No
fim não percebemos o quanto essa dependência d</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">e</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">um
parecer</span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
do outro gera medos. É comum as pessoas se sentirem vulneráveis
ante a posição de terceiros e isso causar recuos ou mesmo
paralisá-las. Esse mal afeta a maioria, a ponto de ser alvo de
estudos e pesquisas. Então é preciso ter discernimento para não
dar poder aos faladores, disseminadores de mentiras ou olheiros da
vida alheia. Além disso, cabe a cada um de nós não alimentar essa
prática, por mais comum </span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background: transparent;">que</span></span></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">
ela possa parecer.</span></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: small;">07/10/2023 <br /></span></span></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-79802445367327060772023-09-02T11:16:00.000-03:002023-09-06T14:13:32.565-03:00O gosto eclético dos domingos <p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj62rODdKeagyA6629ouS6fOs_obYb-eBD1RAYB6-UnOH93VoP4wbj0DV9gnphpxxvzTxjdNLR52GAxpBwpm_gsv4GHJTeWvvVjPrZOGUylje9-IbNdAWB3ngorLnSpocUOKsppkZTfJAH9uzWM4HsDD1_qeP58-yQopxILxBT_xxp4DW4sGyL4E6Alx5i6/s237/Vitrola.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="237" data-original-width="226" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj62rODdKeagyA6629ouS6fOs_obYb-eBD1RAYB6-UnOH93VoP4wbj0DV9gnphpxxvzTxjdNLR52GAxpBwpm_gsv4GHJTeWvvVjPrZOGUylje9-IbNdAWB3ngorLnSpocUOKsppkZTfJAH9uzWM4HsDD1_qeP58-yQopxILxBT_xxp4DW4sGyL4E6Alx5i6/s1600/Vitrola.png" width="226" /></a></div><p><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;"></span></span></span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">Lendo
uma crônica de um grande compositor, me transportei para os finais
de semana musicais na minha casa. Foi um período que atravessou a
minha infância e se estendeu até o início da juventude. Eram muito
comuns as sessões de música, primeiro com os LPs, depois com os
CDs.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">Em
geral, quando a família não ia para alguma praia, a programação
era musical. Meu pai adorava as novidades do momento e o que havia
nas paradas de sucesso, mantendo-se antenado com os lançamentos. Era
a época áurea da MPB e o início das carreiras dos roqueiros
antológicos, incluindo as bandas. Nesse contexto despontavam
artistas como Elton John, Rod Stewart, Steve Wonder, Peter Frampton e
grupos como Queen, Kiss e Bee Gees.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">Os
lançamentos eram uma sensação. Costumávamos dizer que os ouvíamos
até furar. Meu pai tinha um gosto eclético, então, volta e meia,
dava seus pulos no passado e sacava um Nelson Gonçalves ou antigos
LPs de Roberto Carlos. No meio desse passeio pela música brasileira,
também pinçava um Benito di Paula, que não era lá muito do meu
agrado particular, assim como seus admirados de outrora. Desconfio
que a escolha desse repertório dependia de um certo estado de ânimo.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">O
fato é que com o tempo e o crescimento dos filhos, ele foi
incorporando o nosso gosto musical e nossos LPs se tornavam seus. Não
importava que fossem músicas da nova geração, pois ele gostava de
tudo. Então, na maioria dos finais de semana, nos momentos de
colocar o velho prato para girar, todos se integravam ao som que
preenchia os espaços da nossa casa. Meu pai fazia questão de ter um
equipamento de qualidade, porque ele tinha ouvido para música e
gostava de ouvir cada instrumento e viver intensamente cada nota.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">Isso
se tornou tão parte de nós que assim como ele assimilava nossas
preferências nessa área, de vez em quando nos pegávamos como
simpatizantes de artistas fora de nossas predileções. Coisa do tipo
ouvir o sambista Noite Ilustrada e achar bom. Absolutamente fora. Mas
ele também nos ensinou a gostar de ícones como Milton Nascimento,
Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e outros mais que fizeram
história na MPB.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">Em
um dos lugares que moramos, havia uma galeria onde abriu uma loja de
discos. Foi um sonho para quem cultivava o hábito de colecionar LPs.
Nessa fase, ele nos fazia ir lá várias vezes para saber se eles já
estavam vendendo um determinado lançamento. Desses tempos, um álbum
em particular me marcou, porque acredito que, quando meu pai ouvia as
músicas dele, estas penetravam a sua alma. Este álbum foi Elvis</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;"><i>
Aloha from Hawaii</i></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">.
Quando as cenas desse show foram mostradas, no filme </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;"><i>Elvis,
</i></span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">estas
só me remetiam ao meu pai, ouvindo-o em seus domingos de viagem
musical. Sempre em alto e bom som, porque ele precisava mergulhar na
potência daquela voz inigualável e carregada de emoção visceral.
Se alguém duvida, é só assistir ao filme para entender.</span></span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;">Hoje,
se cultivamos ou temos uma determinada inclinação para admirar uma
série de artistas desse segmento, com certeza, tem a assinatura dele
bem embaixo. E se temos nossas extensas coleções de LPs herdados
desse passado ou CDs, DVDs e playlists é porque está gravado em
nossas memórias e corações as velhas e ecléticas tardes de
domingo. Como diria Roberto Carlos: "velhos tempos, belos dias".</span></span></span></p><p>
</p><p>02/09/2023<br /><br /></p>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-26824628887658803752023-08-04T14:49:00.000-03:002023-08-04T14:49:50.736-03:00Voar com a asa quebrada<p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg69dLZCoekMkmoHfDCMooVv_9nBpmxy2yMQSI9Jodc5Hs-q2-TE41zqzUox724etn-MiJ3udVnJj0YaawGMopVmfnP9-OTHU3OSRpWzeGrDGFUTnB5jE7wu13u_nqMDXS0OteWWzhdsT_H6nsTco1sDiZ1M1gqH-t3G85lzGV_UxKQir5Zng7QqH9jOzlZ/s260/Condor.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="201" data-original-width="260" height="155" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg69dLZCoekMkmoHfDCMooVv_9nBpmxy2yMQSI9Jodc5Hs-q2-TE41zqzUox724etn-MiJ3udVnJj0YaawGMopVmfnP9-OTHU3OSRpWzeGrDGFUTnB5jE7wu13u_nqMDXS0OteWWzhdsT_H6nsTco1sDiZ1M1gqH-t3G85lzGV_UxKQir5Zng7QqH9jOzlZ/w200-h155/Condor.png" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ray Harrington</td></tr></tbody></table></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Existe aquela fase da vida em que
se diz estar na idade do "condor". Algo que soa até
poético, não fosse a pronúncia não corresponder ao significado da
vida real. Apesar do lado trágico, o trocadilho tem sua graça,
quando partimos a palavra ao meio.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Estava pensando a respeito disso,
após começar a aparecer para mim no Instagram, um perfil só de
pessoas com 50 anos ou mais, fazendo coisas divertidas ou joviais.
Tudo muito alegre com o objetivo de estimular à vida aqueles que
cruzaram a linha imaginária da metade de uma existência centenária.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Embora seja verdade que podemos
fazer muito nessa fase, é fato que, em geral, o nosso corpo tem
muitas perdas. Se por um lado, hoje temos mais disposição mental,
porque somos mais longevos que nossos antepassados, por outro lado,
ainda sentimos o consumo dos dias até ali. Se ontem as dores eram
ocasionais e em menos tempo era possível demovê-las, agora elas são
mais frequentes e duram mais. O surgimento de novos problemas é mais
comum e é mais fácil ter uma reação a um alimento inadequado ou à
falta de exercícios. As emoções, tanto as positivas quanto as
negativas, estão mais à flor da pele. E a lista de remédios só
aumenta.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Costumamos dizer que existe a
vida só de felicidade do Instagram. É um pouco disso, me parece,
que é de onde advém todo esse entusiasmo. É como gostaríamos que
acontecesse. Recortes que juntos parecem uma linha contínua de
possibilidades. É tudo o que podemos ser e fazer, mas também é
quase tudo o que não fazemos.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Então, é quando vejo o condor
voando com a asa quebrada. Ele voa baixo, mas voa. A gente dança,
corre, bebe, anda, ri. Tudo um pouco. Grava logo, enquanto dura o
fôlego e publica um </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><i>reels.</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Conseguimos. Pequenos objetivos é o que almejamos, e se eles se
tornam grandes, é preciso </span>fracioná-los sabiamente.<span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Mas também é preciso objetivar, olhar adiante, esticar o braço e
tentar alcançar para dar o próximo passo e chegar lá. Só assim a
vida não acaba em sua suposta metade, mas começa de uma outra
forma, se ajustando e se amoldando às dores físicas e da alma.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />04/08/2023<br />
</p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-84231632838184489602023-06-03T11:47:00.002-03:002023-06-03T11:48:31.146-03:00Serenatas às sextas-feiras<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"></span></p><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1IpKDoeOZK9_-qEJf5SV6x_7kmLm8CLhXsUAlGt8ViFCbid-v5e-sFA8s68HixCC5OIuQFlD30XrZuRTFghpqeU1ozBXPmRfY8jarT_-PyensoGjmWizGmeOqyqv8T2gGuYB8YSMQ2SlrFuGFm3AbSHrybY3D9puKRmZ9EtXEy2byz5rl4xHBD_tyvw/s233/Viola.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="233" data-original-width="228" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1IpKDoeOZK9_-qEJf5SV6x_7kmLm8CLhXsUAlGt8ViFCbid-v5e-sFA8s68HixCC5OIuQFlD30XrZuRTFghpqeU1ozBXPmRfY8jarT_-PyensoGjmWizGmeOqyqv8T2gGuYB8YSMQ2SlrFuGFm3AbSHrybY3D9puKRmZ9EtXEy2byz5rl4xHBD_tyvw/w237-h242/Viola.png" width="237" /></a></div></span><p></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Em um tempo em que a música
popular brasileira está quase sendo tratada como peça de museu onde
haveria espaço para serenatas? A resposta imediata seria: não
haveria. A boa notícia, no entanto, é que ainda temos uma
sobrevivente em minha cidade. Segundo soube por meio dos que ainda
apreciam a sua passagem pelas antigas ruas de Olinda, talvez não por
muito tempo.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">A
verdade é que as gerações mais novas não cultivam o amor ao tipo
de música que as serenatas propagam e nem mesmo ao seu estilo. Não
que seja algo sem alegria ou ritmo, pelo contrário, mesmo nas
interpretações mais nostálgicas há sempre o toque de empolgação. </span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Seja no embalo dos instrumentos de corda ou na soma deles com um
pouco de percussão, marcando e impulsionando a marcha dos que levam
o melhor de nossas canções e os sentimentos que elas carregam.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Nos
meus primeiros anos de juventude, muitas sextas-feiras foram regadas
a serenatas. Foi um período em que já era certo a minha turma se
encontrar no ponto onde os músicos se reuniam para seguir pelas
velhas ruas da cidade histórica. Havia sempre os que acompanhavam e
os que ficavam nas janelas dos casarões, esperando a nossa passagem.
As palmas eram um incentivo e o combustível para rápidas paradas
onde o morador era presenteado com uma música, por prestigiar tão
calorosamente cantadores e tocadores.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">O
repertório era sempre atualizado com novas músicas e, ao contrário
do que se pensa, nesse grupo não eram tocadas, a toda hora, músicas
do tempo dos nossos pais e avós. Em geral, todos conheciam as letras
e havia muitos jovens acompanhando e alguns tocando junto com os
músicos mais antigos. O gosto pela MPB era normal. Isso me faz
perguntar em que momento perdemos o trem da história? A nossa
música, que é um primor no mundo, foi ficando para trás e vivendo
agora na memória de pessoas que estão envelhecendo e levarão
consigo a perpetuação do que temos de melhor.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Moro
perto de algumas casas de festa e, às vezes, escuto as músicas que
tocam nos eventos que acontecem nesses lugares. Em quase nem um deles
não se ouvem mais composições dos nossos artistas mais talentosos,
mesmo os novos que têm surgido. Hoje, tenho a sensação de que
existe um repertório de músicas sem qualidade onde uma copia a
outra e também nem é preciso que as letras digam algo. São sons
iguais. Em cada estilo, há uma receita que todos seguem. Não se
pode dizer que existe ali um primor nas letras ou nas melodias. E as
novas gerações adotaram essa preferência como algo natural, então
não se espera mais do que isso.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Em
um contexto como esse é preciso aceitar que o antigo grupo das
serenatas semanais, provavelmente, está com os dias contados.
Segundo soube, o público quase inexiste e o os músicos estão
perdendo o apoio para permanecerem mantendo viva a cultura da nossa
música, daquilo que nossos grandes artistas construíram com
talento, arte e muito trabalho. Não com intenções massificadoras,
mas, sim, para tocar as pessoas de alguma forma, seja por meio dos
acordes ou pela palavra que diz algo ao coração, à mente ou a
ambos.</span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Ainda
bem que tenho a memória desses momentos tão mágicos e únicos.
Para quem acha que serenata é tocar ou cantar canções de amor
embaixo de uma janela, é importante saber que é mais que isso e é
também isso. Afinal, cantávamos em frente aos janelões dos
moradores, porém não tínhamos intenções de conquistas e, sim, de
compartilhar aquelas belas e inesquecíveis canções e passagens de
nossas vidas. Havia felicidade em cada rosto. Éramos felizes a cada
nova sexta-feira. E sabíamos disso.</span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">03/06/2023 <br /></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-85355720625769808702023-05-04T22:05:00.000-03:002023-05-04T22:05:32.182-03:00 A morte de uma delicatessen
<p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9276xh6tgdx4ersXEENMJjoJhEDfZagldKw7hrTF0YR9g4YWuUFTVlHiMSu9_RIukDgMS9rbo2mSJr_NKj2cRT5uzq4V4vzv5Arzjyjgscqs_HZan0iXQeQ2qV69EDuZwcFhMl67KRSuESG-sLVaeBtP8sQQ5EYIXRelszpda7ppsP4GlOP1XnYNpTw/s268/Deli.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="212" data-original-width="268" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9276xh6tgdx4ersXEENMJjoJhEDfZagldKw7hrTF0YR9g4YWuUFTVlHiMSu9_RIukDgMS9rbo2mSJr_NKj2cRT5uzq4V4vzv5Arzjyjgscqs_HZan0iXQeQ2qV69EDuZwcFhMl67KRSuESG-sLVaeBtP8sQQ5EYIXRelszpda7ppsP4GlOP1XnYNpTw/w200-h158/Deli.png" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: petr-sevcovic<br /></td></tr></tbody></table></span></span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ela
nasceu com cinco estrelas, toda de vidro, com diversos espaços
atrativos, até mesmo um pequeno e aconchegante bar em um piso superior
equipado com uma adega comandada por um especialista. Maitre fardado,
espaço gourmet, queijos especiais, comida pronta congelada, bolos,
salgados, biscoitos importados, cafeteria, self-service de almoço e
jantar, forno à lenha para pizza preparada na hora e dezenas de
funcionários para fazer essa grande máquina funcionar. Lá, nos
primeiros meses de vida, a delícia era fazer um happy hour na adega.
Podíamos até variar, passeando por outras bebidas, porque havia
também. Assim como havia uma agradável música ambiente e
comidinhas para fazer felizes os que esticavam a noite naquele
recanto.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Um
dia, marcamos com um casal de amigos que, conhecedores da fama
daquela que já chegou “chegando”, logo se empolgaram com o
convite. Aquela foi uma noite regada a vinhos, fazendo jus a um
espaço acessado por um elevador panorâmico que já dava as
boas-vindas ao cliente. Ainda bem que aproveitamos a sua breve vida.
Mas se queríamos tomar um cafezinho com um salgado numa tarde de
sábado, era lá que matávamos o nosso desejo. Assim como quando
queríamos apenas comer uma saborosa pizza, era só andar dois
quarteirões e lá estava um lugar com lindas mesas com cadeiras
amarelas, e uma garçonete toda tatuada e risonha que se divertia com
as brincadeiras do meu marido.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Em
um natal, os donos colocaram um grande boneco de papai Noel que
ficava dançando e tocando uma mesma música do tema. Quem se sentava perto, rapidamente se cansava
daquela repetição sem fim. Quando isso ocorria conosco, chamávamos
a risonha garçonete e entre piadas e apelos, perguntávamos se dava
para desligar o enjoado dublê de caixa de música natalina. Como já
estava familiarizada conosco, para o seu próprio alívio, desligava
o famigerado, justificando aos colegas que fazia aquilo a pedido de
um cliente.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Então,
quando já havíamos incorporado a existência daquela delicatessen às
nossas vidas, estranhamente começamos a perceber a redução de
mercadorias e funcionários em uma velocidade impensável. O primeiro
serviço encerrado foi do andar superior. Logo começaram a esvaziar
as prateleiras, em seguida, os itens de lanche. O espaço para jantar
cessou as atividades e logo depois, o self-service. Os clientes
desapareceram, porque já não havia motivação para frequentar o
local. Nos últimos suspiros o que ainda conseguia oferecer era
vinhos e outras bebidas a bons preços, alguns salgadinhos em potes e
os biscoitos importados. Era o fundo do poço de um negócio que
começou transbordando sucesso com um grande e fiel público.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">A
explicação: divórcio não consensual dos donos. Um casal que jogou
todas as suas diferenças no negócio e o arruinou como parte de um
rompimento litigioso. Eles não dividiram. E a intenção da parte
responsável pela administração da delicatessen era sangrá-la até
a morte a fim de atingir o outro lado. Um enredo típico de uma
novela mexicana. E nós, onde estávamos nessa história? Em lugar
nenhum. Ou, para ser mais exata, assistindo a tudo como meros
espectadores até que a plateia esvaziasse.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm;"><br />
04/05/2023<br />
</p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-11696467076373214812023-04-06T22:03:00.000-03:002023-04-07T10:30:57.163-03:00MInha estranha imagem<p><span style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCWQXCN-gn1rpmxCc5JXK1usfcvyMlyEA7B4mC8nIhLsOJKG8QBm9_MKtHohnUb7EfTaGPh6hi1r-Q7A847ppk-l15AANoPK4AqsRzOPLZ4o-rD6ii82G5ggEuO5WUhmU0QhhRxt5VZU-QD4McWJFxXlTqw0ykBsI_-DCTfbCM0silZDop0J66n8G_0A/s149/RostoEstranho.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="123" data-original-width="149" height="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCWQXCN-gn1rpmxCc5JXK1usfcvyMlyEA7B4mC8nIhLsOJKG8QBm9_MKtHohnUb7EfTaGPh6hi1r-Q7A847ppk-l15AANoPK4AqsRzOPLZ4o-rD6ii82G5ggEuO5WUhmU0QhhRxt5VZU-QD4McWJFxXlTqw0ykBsI_-DCTfbCM0silZDop0J66n8G_0A/s1600/RostoEstranho.png" width="149" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">www.pt.vecteezy.com</td></tr></tbody></table></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Spranq eco sans", serif; font-size: 12pt; text-align: left;">Você
já viveu a experiência de se olhar no espelho, ver outra pessoa e, na
sequência, tomar um susto como se estivesse com um pé em um filme de terror? Se
sim, provavelmente, o motivo não deve ter sido dos melhores. E foi o que
aconteceu comigo após uma cirurgia para retirada dos quatro sisos. </span></div><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por ser uma paciente com problema
de disfunção na mandíbula, foi necessário fazer o procedimento com anestesia
geral. Sendo assim, a justificativa foi de que o ideal seria aproveitar a
sedação e extrair todos de uma só vez, evitando maiores riscos e sofrimentos
adicionais. É claro que não fui a primeira nem a última a passar por isso, mas…</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A cirurgia foi realizada em um
início de noite. Após ficar na sala de recuperação por um tempo que me deixou
ansiosa, fui levada para o quarto onde dormi, devido à medicação. Ao acordar,
pedi para ser levada ao banheiro e foi nessa hora que me deparei com um ser
estranho diante do espelho. Havia uma coisa borrachuda sobre a minha cabeça,
que descia pelas laterais. Quase perdi os sentidos, ao ver aquela imagem
chocante que, na verdade, eram duas luvas cheias de gelo amarradas ao redor do
rosto inchado. Porém, tentei me
convencer de que rapidamente aquele aspecto se desfaria assim como as incômodas
e extremas dormências na língua e regiões próximas. Entretanto, logo fui
alertada pelo médico de que levaria alguns meses para recuperar essa parte.
Tamanho foi o impacto daquela revelação que não pude conter as lágrimas. Não
sabia como poderia conviver com aquilo e só o tempo traria a força necessária
para transpor a fase nebulosa de recuperação que viria.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nesse mesmo dia, fui para casa. Sem as bolsas
de gelo, decidi avaliar melhor todo o inchaço. As pequenas modificações em cada
centímetro da face simplesmente haviam me transformado em uma estranha. Mesmo sabendo que era um estado passageiro,
não conseguia me desvencilhar da sensação de que aquele rosto não me pertencia.
Resolvi evitar o espelho porque àquela altura era mais um fator para agravar o
difícil restabelecimento desse tipo de cirurgia. Seu pós-operatório estende os
efeitos por meses, afetando até mesmo o estado psicológico pelas inesperadas
dificuldades a serem superadas, um cenário propositadamente omitido pelo
dentista. Segundo ele, se eu soubesse o que viria, não teria aceitado embarcar
nessa jornada.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Quando eu achava que o meu
aspecto não causaria mais impactos, dois dias após a volta para casa, revivi
aquele inesperado sentimento de estranheza. Foi quando precisei começar a tomar
injeções como parte do tratamento para a recuperação. Na ocasião, a minha irmã
me levaria até um farmacêutico. Como a sua filha de sete anos não tinha com
quem ficar, iria conosco. Mas grande foi
o assombro da pequena ao olhar para mim. Ficou tão assustada que abraçou-se à
mãe, tapando a própria visão. Nessa hora, tive a certeza de que meu rosto era
mesmo um desconhecido.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os efeitos, entretanto, não
pararam por aí. Depois daquela deformação se desfazer, segundo o cirurgião, o
sangue que não aflorou durante a extração dos sisos, mostrou-se nos dias
seguintes. Em forma de manchas arroxeadas, espalhou-se pela face e por
gravidade desceu até o pescoço, concentrando-se nessa região. Quinze dias
depois, além das dores que ainda me afligiam, chamava atenção aquela reação
exagerada do meu organismo aos traumas subsequentes à intervenção dentária. Algo inédito até para
meu médico com experiência de longa data. Fui um caso que ele fez questão de
mostrar a alguns alunos e a outros dentistas. O aspecto de quem havia sofrido
um acidente saltava aos olhos, pois a minha sensibilidade ante o procedimento
não era comum.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Spranq eco sans", serif; font-size: 12pt; text-align: left;">Das experiências inusitadas
que já vivi, essa foi uma das mais raras. Perceber as pessoas me olhando na rua
de forma curiosa e, provavelmente, cogitando vários motivos de uma mulher estar
com o rosto aparentemente todo machucado, me causou um sentimento incomum.
Ainda hoje carrego uma pequena sequela física por um nervo ter sido
parcialmente afetado. Dois anos depois, ainda fazia fisioterapia para diminuir
uma parestesia próxima ao queixo. Quando penso na longa trajetória
pós-operatória, me pergunto se teria tido coragem de entrar nessa empreitada se
soubesse dos verdadeiros riscos e consequências. É possível que, com a falta de
alternativa, a aceitação fosse inevitável. Mas também creio que, dificilmente,
algum profissional da área revelasse a um paciente todos os pormenores do que
lhe aguardaria nesse contexto.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Spranq eco sans", serif; font-size: 12pt; text-align: left;">07/04/2023</span></p>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-34314930531116696742023-03-11T15:42:00.000-03:002023-03-11T15:42:10.245-03:00O sapateiro surtado <p> </p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQDEGIc-J7K0MB1vhbsJphfxD7LTho0gCAoCf-eT3VckdDI5tvbYnQqeqz-wWLo04pZGZb_Z3FgKgiSZeN0QfJflZaAV9OG3ty_kXun4f7SLHzqaWr2CQBrci0ezgff4mEWQug8ZmmTnQxMKj5K2uwpgc61NM0ltUEw8V4wB_S2KPfph4sIrEHPCpOFQ/s289/HomemZangado.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="166" data-original-width="289" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQDEGIc-J7K0MB1vhbsJphfxD7LTho0gCAoCf-eT3VckdDI5tvbYnQqeqz-wWLo04pZGZb_Z3FgKgiSZeN0QfJflZaAV9OG3ty_kXun4f7SLHzqaWr2CQBrci0ezgff4mEWQug8ZmmTnQxMKj5K2uwpgc61NM0ltUEw8V4wB_S2KPfph4sIrEHPCpOFQ/w271-h166/HomemZangado.png" width="271" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ryan Snaadt<br /></td></tr></tbody></table></span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Nem
sempre por ser tempo de Natal os espíritos ficam apaziguados. Isso
pode até ser motivo para recrudescer os sentimentos a ponto de se
tornarem opostos ao que se espera nessa época. Pode até parecer uma
contradição, e não deixa de ser, mas ao mesmo tempo faz sentido,
quando essa data traz consigo pressões ou situações acima do
limite de quem as vive. Nunca havia pensado sob esse ângulo até o
dia em que pedi ao meu marido para ir buscar um par de sapatos que
havia levado para consertar.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Estávamos
a duas semanas do Natal, quando levei os sapatos para serem
reparados. Havia tempo de sobra e a previsão era de o sapateiro
entregá-los três dias depois. Resolvi esperar oito dias, dando-lhe
mais tempo para terminar o serviço. Ainda faltava o mesmo período
para as festas, quando meu marido, que já era um cliente habitual do
sapateiro, foi buscá-los. Ao chegar lá, tamanho foi o susto ao ser
recebido como um estranho e ser questionado por estar indo pegar um
par de sapatos de mulher. Fora de si, além de se revoltar com o
cliente, aproveitou para xingar as pessoas que levaram sapatos perto
do Natal e queriam que ficassem prontos a tempo. Revirou seu espaço
de trabalho. Como não localizou meus sapatos, ficou ainda mais
enfurecido, e mandou meu marido me dizer que fosse a uma outra
sapataria comprar um sapato novo.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Ao
tomar conhecimento do ocorrido, a princípio, fiquei sem saber o que
pensar, considerando que já havíamos nos utilizado tantas vezes dos
serviços daquela pessoa. Entretanto, após pensar e repensar sobre a
possibilidade de ser um caso de uso de drogas (uma hipótese real),
passei a admitir a ideia de que foi um caso de surto de alguém que
se sobrecarregou com trabalhos, dos quais não poderia dar conta.
Além disso, quando percebeu que era extremamente desorganizado,
decidiu lançar a culpa sobre os clientes.</span></span></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">O
Natal costuma fazer bem para a maioria das pessoas e isso é fato. No
entanto, existem sempre aqueles que não enxergam as oportunidades
desse momento e, ao invés de luz, encontram a escuridão. Em geral,
isso acontece quando esse contexto traz consigo algum tipo de peso.
Assim como algumas pessoas entram em conflito consigo mesmas pelas
reflexões que fazem, quando chega o final do ano, existem as que
chegam a se desesperar por se aperceberem da condição em que se
encontram. </span></span>
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Creio
que o sapateiro caiu em sombras e naquele momento, tudo o que viu
foram nuvens de fumaça. Deixei passar as festas de final de ano e
voltei à sapataria. Calmo e restabelecido, com a minha ajuda,
encontrou meus sapatos, consertando-os na mesma hora. Disse-lhe que
iria tomar um café em uma padaria próxima dali para deixá-lo à
vontade. Quando retornei, o serviço estava terminado. Sem fazer
referência ao desatino passado, paguei, agradeci e cada um continuou
seu caminho, dessa vez sem surtos ou traumas. É claro que meu marido
vai precisar de um tempo para relevar os maus tratos que recebeu, e
não sabemos se um dia voltaremos a usar os serviços dessa pessoa.</span></span></p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><br />11/03/2023 <br /></span></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-60260136544443402832023-02-04T21:45:00.001-03:002023-02-05T00:21:04.490-03:00Um passeio inusitado<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7GnIcc4Hisy4cFmMqV93Chf5sSkbM-RxfCkKn0pi9v5c-01o0z51kkCm39HQJcuVf0Ah6kARDRqpnwOk8uuFYar9nRDCm0iJP5b-K4M73lVHj89Xm7yDdhvXC6SG2Rw1OFLOEYwdBWBQ0lx53hBaZ6h3GDR8fcKrAKBONtH6BpUenHoGfOGMcdwUMTA/s220/Globo.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="217" data-original-width="220" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7GnIcc4Hisy4cFmMqV93Chf5sSkbM-RxfCkKn0pi9v5c-01o0z51kkCm39HQJcuVf0Ah6kARDRqpnwOk8uuFYar9nRDCm0iJP5b-K4M73lVHj89Xm7yDdhvXC6SG2Rw1OFLOEYwdBWBQ0lx53hBaZ6h3GDR8fcKrAKBONtH6BpUenHoGfOGMcdwUMTA/s1600/Globo.png" width="220" /></a></div><p></p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"> “Acorda, prima! Acorda! Tenho uma notícia que você vai adorar”. Era o
meu primo me despertando em um dos dias em que, aos dezoito anos, estava
passando férias na casa da minha tia na cidade do Rio de Janeiro, tão
distante de casa como se estivesse em outro continente. Quando abri os
olhos pela manhã, não poderia supor que o meu dia seria tão inusitado.
Precisava levantar e acordar uma amiga que havia me acompanhado nessa
viagem, a fim de nos prepararmos para o programa que nos aguardava e nem
sabíamos.</p><p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Quando
chegamos para nossas férias, logo soubemos que o vizinho, amigo dos
meus tios, trabalhava na emissora Rede Globo. Como a minha amiga
seria uma futura estudante de Comunicação, pensou na possibilidade
de conhecermos os estúdios. Porém, após minha tia consultar o
amigo, ele não achou que poderia conseguir uma visita no período em
que estaríamos por lá. Com essa resposta, descartamos essa opção.</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">No
entanto, imensa foi a nossa surpresa, quando o meu primo nos
comunicou que o vizinho havia conseguido uma visita guiada para nós
no horário da tarde, e que ele nos levaria assim que terminássemos
de almoçar. Como havíamos dormido até tarde, precisávamos nos
apressar, porque a viagem
seria longa.</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Nossa
aventura já começou na ida. Tivemos que pegar dois ônibus até o
Jardim Botânico e foi algo novo, porque sempre que saíamos alguém
nos levava de carro. O primo nos deixou na entrada e foi aí que
começou a magia. Logo na recepção vimos o Chico Anísio, do qual
éramos fãs. Na sequência, fomos cumprimentadas pela atriz Regina
Duarte, depois pela repórter Leilane Neubarth, e vimos o Cid
Moreira, chegando para iniciar seus trabalhos. Quando começamos a
visita, cruzamos com Francisco Cuoco, Suzana Vieira e Tássia
Camargo, entre outros artistas. Ficamos eufóricas ao conhecer o set
do Jornal Nacional, alguns cenários das novelas e um dos auditórios
dos programas gravados com público. Saímos de lá sem acreditar
naquela experiência para duas meninas tão jovens e anônimas. E
quando estávamos na saída e achávamos que havia acabado, nos
deparamos com a repórter Glória Maria. Rimos à toa. Quem
acreditaria que estivemos ali?</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Estávamos
tão entusiasmadas que, só quando chegamos na parte de fora da
empresa, nos demos conta de que meu primo havia nos deixado lá,
achando que poderíamos voltar sozinhas. A princípio, ficamos
paralisadas, porque estávamos muito longe do nosso ponto inicial e
porque não havíamos imaginado que não haveria ninguém nos
esperando. Como atravessaríamos aquela imensa cidade por nossa
conta, decidimos fazer uma retrospectiva de como nos havíamos
deslocado até lá. Conseguimos lembrar os números dos ônibus e o
local onde os pegamos. Após o susto inicial, resolutas partimos de
volta. Já era noite, quando chegamos, orgulhosas por termos
conseguido chegar ao nosso destino sem problemas e felizes por termos
estado tão perto de tantas celebridades.</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">Apesar
de todo nosso entusiasmo, havia uma preocupação: será que a minha
tia sabia que tínhamos sido
deixadas naquele lugar completamente desconhecido para nós e segundo
ela “no fim do mundo”? Soubemos a resposta na hora que dobramos a
rua na qual ela morava. De longe já a vimos na calçada de casa,
segundo meu tio “com a sobrancelha colada no topo da testa”,
esperando por nós. Ela não sabia se ria ou se chorava. Estava
emocionada de nos ver inteiras, ante a nossa aventura numa cidade com
uma fama nada confortável, mesmo no final dos anos oitenta. Mas, ao
mesmo tempo, se divertia com a nossa tranquilidade e alegria por
aquele dia cheio de surpresas. Nos abraçamos para selar aquele
momento de alívio, e entramos ansiosas para contar as façanhas
daquela tarde, cuja lembrança ficou guardada no baú das nossas
doces recordações.
<br /><br />04/02/2023<br /></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-51667296404253437282023-01-14T18:06:00.001-03:002023-02-18T12:00:35.936-03:00Flutuando em barcos e sonhos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP2xEKdN6ke0qXlCb2_yxftRgv6MEuGsR7DkSWm_oGLy9YK4IgjPZt-77Qd_hsQfXciyWw4uUgp5wxhahLjIZjL0RLHznakjAXs2xx6FJMrjzfiREnkUYQsgSMl7eHuiPrxHUFdw9dlwjk4w6ZkQfLZYrimuR15AyPI2_Bu-JfrzxdLPRy5eItomUrug/s298/VelhoChico.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="145" data-original-width="298" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP2xEKdN6ke0qXlCb2_yxftRgv6MEuGsR7DkSWm_oGLy9YK4IgjPZt-77Qd_hsQfXciyWw4uUgp5wxhahLjIZjL0RLHznakjAXs2xx6FJMrjzfiREnkUYQsgSMl7eHuiPrxHUFdw9dlwjk4w6ZkQfLZYrimuR15AyPI2_Bu-JfrzxdLPRy5eItomUrug/w250-h145/VelhoChico.png" width="250" /></a></div><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">"Como você gosta de um barco! Toda viagem tem que ter um
passeio desse". Essa foi a frase que ouvi do meu marido quando
chegamos de uma incursão pelo lago Llanquihue, tendo o vulcão Osorno como pano
de fundo, em Puerto Varas, no Chile. E só depois desse simples
desabafo que me apercebi de que isso era uma constante em meus
roteiros de férias. A coisa ficou pior depois que perdemos um
passeio em em um icônico rio, durante uma viagem, porque deixamos para o último dia, choveu e
ficamos impossibilitados. Depois desse acontecimento, na tentativa de
garantir a sua realização, passei a programar esses eventos com um
cuidado adicional.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Não
sou uma pessoa das mais corajosas, e isso faz com que, apesar dos inúmeros voos que já peguei, nunca me sinta totalmente confortável
em um avião. Já com barco, tudo muda. Não sei o porquê, mas eles
nunca me assustam, seja no mar ou em um rio. Adoro ver a água correr
ao seu lado, a sensação do vento no rosto e o rastro deixado no
caminho que vai ficando para trás. E além disso, as diversas
paisagens que vão surgindo nesse navegar. Tudo isso me seduz de uma
forma impagável, inevitável.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">São
incontáveis as vezes que me aventurei nessas viagens flutuantes,
gozando das mais diversas experiências. Dessas, algumas foram
marcantes. Uma delas gosto de lembrar porque se tornou especial:
percorrer um trecho do Rio São Francisco e, ao final, mergulhar nas
águas desse lendário Nilo Brasileiro. A sensação foi a mesma de
alcançar uma bela cascata depois de uma longa caminhada. Mas, nesse
caso, a jornada também foi gloriosa porque a paisagem dos seus
cânions impressionantes ficaria cravada em minha memória como a
pérola desse momento: uma embarcação nos levando ao êxtase de uma
comunhão com a natureza: céu, rio, montanhas e o afagar daquelas
aguas frias e caudalosas roçando a pele. Por duas vezes protagonizei
essa cena, porque é algo que se anseia repetir.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Mas a
magia do velho Chico me levou a uma outra experiência. Dessa vez em
um pequeno barco que por muitas vezes o observei junto a outros,
ancorados sobre um cenário de águas tranquilas desenhando um espelho
prateado. Nelas, montanhas refletiam como que deitadas em uma
superfície perfeitamente lapidada. Naquela pequena espécie de
canoa, seguimos o curso das correntes fluviais e conhecemos novos
cenários. E por estar numa posição tão próxima daquelas águas,
colocava minha mão fora e nos tocávamos enquanto
deslizávamos rio abaixo. Ali aquele barquinho era tudo.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">E para
nunca esquecer das vezes que o admirei em seu descanso, o fotografei
e o emoldurei para que em uma parede da minha casa ficasse ancorado.
Ali ele servia de alento nos momentos em que desejava navegar com ele
por outras águas. Era só olhar por um instante, fechar os olhos e
seguir. E por um tempo fizemos muitos passeios imaginários até que
aquela foto amarelada já não fizesse mais sentido ser levada para
uma nova parede de um novo apartamento. Nesse, a visão do mar e de
embarcações que chegam e partem de um porto não muito distante,
traria infinitas possibilidades de me transportar através desse vai
e vem em um porta-retratos vivo, despertando desejos de navegar.</p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">14/01/2023 <br /></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-28130995366711249672022-12-08T12:18:00.001-03:002022-12-08T19:19:32.230-03:00O dia de usar a louça favorita<p><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjJq663T1iIokYn5hB4moKBPxKnu_5WqbYiw9MBB5Niau9smgjqwant9RYHQ87SA8XA52TNwVxCDbMeGvMnk1VOg7QDBXB6cCTy9vAWGvTJev_EkatleryW47vC_Ar0T2L4g41PYIAjd8CiAwBiKLRHqkm95_lO_POGqtddwUrX-nlKlBhDtLHwqK10g/s295/Lou%C3%A7a.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="207" data-original-width="295" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjJq663T1iIokYn5hB4moKBPxKnu_5WqbYiw9MBB5Niau9smgjqwant9RYHQ87SA8XA52TNwVxCDbMeGvMnk1VOg7QDBXB6cCTy9vAWGvTJev_EkatleryW47vC_Ar0T2L4g41PYIAjd8CiAwBiKLRHqkm95_lO_POGqtddwUrX-nlKlBhDtLHwqK10g/w200-h140/Lou%C3%A7a.png" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: <span class="MssrA"><span class="yayNa"><a class="N2odk RZQOk eziW_ cl4O9 KHq0c" href="https://unsplash.com/@annilonko">Anni Lonko</a></span></span></td></tr></tbody></table><p></p><p><!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="376">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Unresolved Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Link"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]--></p><p><!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="376">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Unresolved Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Link"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um dia em
conversa com meu irmão, ele me relatou ter externado para a esposa a ideia de
que, por ele, colocaria em uso os melhores pratos, tigelas e acessórios de
cozinha. Não desejava guardar essas peças para utilizá-las apenas quando
recebessem visitas especiais. E concluiu dizendo que a gente guarda o que
tem de melhor e de repente morre sem usar. </span></p>
<p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Essa era
uma prática muito comum das antigas gerações e nossos pais também costumavam
agir assim. Uma herança comportamental. É claro que meu irmão não
compactuava com essa espécie de tradição e quis romper com esse hábito.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Não pude
deixar de concordar quase que totalmente com essa renovação de pensamento. Porém,
usar tudo de melhor, nem tanto, mas creio que não devemos guardar o que
temos de bom. Isso é também uma forma de sentirmos prazer no dia a dia e
valorizar o fruto das nossas conquistas. De que adianta obter coisas para mantê-las
em uma redoma? </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Lá em um
passado distante a minha sogra guardou por anos uma bebida para abrir quando o
filho mais velho se formasse, entretanto no dia em que foi abrir a garrafa,
haviam bebido. Ela caiu das nuvens e quase morreu de decepção. Uma casa com
quatro homens que gostavam de beber não fazia ideia a quem culpar. Para
mim, essa história retrata uma das faces do que é possível acontecer
nesses contextos. Outro acontecimento foi o filho mais novo acidentalmente
quebrar parte de uma louça que só saia da cristaleira em ocasiões especialíssimas.
Foi uma tragédia.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É por
essas e outras que comecei a acreditar na frase popular "quem tem seu
vintém, bebe logo". E bebo logo minhas bebidas favoritas quando
compro. Só guardo para uma ocasião, se for muito próxima. O mesmo faço com
minhas roupas, sapatos, etc. Se amanhã eu não puder mais desfrutar dessas
coisas, já usufrui. Minha vó costumava dizer que a gente morre e fica tudo
para outros. Então hoje é o dia que vou usar minhas louças favoritas.
Transformo pequenas comemorações em ocasiões especiais e aproveito para
utilizá-las, e no mesmo ensejo bebo um vinho preferido ou coisa que o
valha. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> As vezes
desconfiamos que devemos fazer certas coisas e nada como surgir alguém para nos
levar a refletir e confirmar as nossas desconfianças ou mudar nosso pensamento.
Aquela observação do meu irmão me fez ter ainda mais certeza do que
intuía a respeito dessa temática. Colocar em prática essa crença me fez
sentir que ela era só parte de algo maior. Então se estamos aqui de passagem e
o nosso tempo é curto, melhor vivê-lo comungando de pequenas celebrações por
cada etapa vencida e no nosso melhor estilo.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">08/12/2022 <br /></span></p>
<p></p>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-52756301864141830512022-11-20T18:41:00.002-03:002022-11-20T22:30:27.860-03:00Amores Platônicos<p></p><p class="western">
</p>
<p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"></span></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI5-UkxgCbzeWsz8UwWwbaW6toLWRhkpIURyF2S9IkD80ZgZqBbP-f9VSWqP1GGCZjQFv7fvnWzrU-4Dvczyo1nSDucb0W8rUJGJyDZaejXJwHI1aijyIpcAP4pOZuMTVJQY6rtmalRHztUGc2MYGt_m29tOfzKEvtj9HkyZsb3rShld9nooGiLLJxbw/s234/Casal1.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="234" data-original-width="199" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI5-UkxgCbzeWsz8UwWwbaW6toLWRhkpIURyF2S9IkD80ZgZqBbP-f9VSWqP1GGCZjQFv7fvnWzrU-4Dvczyo1nSDucb0W8rUJGJyDZaejXJwHI1aijyIpcAP4pOZuMTVJQY6rtmalRHztUGc2MYGt_m29tOfzKEvtj9HkyZsb3rShld9nooGiLLJxbw/w136-h160/Casal1.png" width="136" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Filipe Almeida<br /></td></tr></tbody></table><p></p><p align="justify" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">James
era um solteirão aparentemente convicto que vivia se apaixonando e
desapaixonando ao sabor dos ventos. E em meio a uma dessas ondas, ele
chegara mais uma vez ao trabalho ansioso por encontrar aquela que
seria o motivo dos seus devaneios atuais, uma bela jovem que por
estar comprometida, não o olhava de outra forma, a não ser como um
bom colega de trabalho, amigo, gentil, mas não mais do que isso.
Naquele dia, como em todos os outros, ele procurava encontrar uma
maneira de ajudá-la em qualquer coisa que fosse apenas para estar
perto dela e assim nutrir seus sentimentos ocultos. Era quase hora do
almoço, quando ele aproveitou que estava na sala da sua amada e
decidiu convidá-la para almoçarem juntos, convite que ela
prontamente aceitou, pois apreciava a boa companhia do colega.
Enquanto almoçavam, ela comentou que estaria sem carro para retornar
do trabalho, pois o mesmo estava na revisão. James, impulsionado
pelos seus sentimentos, prontamente se ofereceu para deixá-la em
casa após o expediente. Apesar de ficar um pouco constrangida com
aquela gentileza, decidiu aceitar a carona, e ao encerrar o
expediente, conforme combinado, ele a levou em casa e despediu-se
feliz pela sua empreitada. </span></span>
</p>
<p class="western" style="text-align: justify;">
</p>
<p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">No
dia seguinte ao chegar ao escritório, procurou seu melhor amigo e
contou-lhe sobre o seu dia anterior com a amada, sempre querendo
parecer em suas narrativas um simples colega de trabalho. Mas como o
amigo já conhecia bem as “paixonites” do outro, ao terminar de
ouvir toda aquela história, um tanto quanto familiar, já foi dando
seu diagnóstico. Uma constatação que fez James esboçar seu velho
sorriso de disfarce, para primeiro negar sem nenhuma convicção as
teorias do amigo e em seguida confessar seus sentimentos, afinal
estava mais uma vez apaixonado.</span></span></p>
<p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">E
o tempo foi passando, e cada oportunidade de agradar sua amada era
aproveitada. </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">E</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">la
já estava começando a desconfiar daquelas inúmeras gentilezas,
como presente no dia do seu aniversário, </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">favores,
</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">etc. Mas ele nunca ultrapassava os limites ou dava alguma direta ou mesmo
indireta, discrição era o seu lema. Seu amigo conhecendo-o bem, sempre o alertava, pois aquele “cão” tinha dono,
embora </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">desconfiasse</span></span></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">
que se tratava de mais uma das paixões platônicas do amigo.</span></span></p>
<p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por
ironia do destino, algum tempo depois, eis que a pretendida de James
estava livre e desimpedida, criando uma oportunidade de aproximação. No entanto, neste momento, diante da possibilidade real de ficar com aquela
que povoava os seus sonhos todos os dias, ele começa a examinar
todos aspectos possíveis e imaginários, ligados a uma potencial
união entre os dois. Afinal, era da sua personalidade estudar
meticulosamente e calcular cada passo dado na sua vida, sendo esta
apenas mais uma situação a ser estudada.</span></span></p>
<p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Lúcia,
aquela por quem suspirava, como estava vulnerável após uma recente
separação e encontrava no amigo uma atenção especial, começou a
pensar também na possibilidade de se aproximar dele. E a coisa
começou a parecer real. O amigo de James percebendo então que havia
um cenário favorável para o nascimento de uma relacionamento
concreto, começou a questioná-lo sobre o futuro desta relação.
Porém o suposto apaixonado se utilizando de sua capacidade de
racionalidade diante das situações da vida, começava a expor para
o amigo possíveis motivos para não ficar com Lúcia, a começar
pela diferença de idade, que segundo seus cálculos, em 10 anos ele
seria quase um velho e ela estaria na flor da idade, bonita e cheia
de vida, criando um risco futuro. O amigo simplesmente não
acreditava no que ouvia, mas de certa forma compreendia. Afinal de
contas, amores platônicos não se concretizam.</span></span></p>
<p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">E
como o rio sempre corre para o mar, Lúcia começa a dar suas
primeiras investidas e James suas primeiras recuadas. Até que ela
começa a estranhar a atitude do colega e a achar que tudo não
passava de imaginação da sua cabeça e que na verdade havia apenas
um sentimento de amizade por trás de toda aquela gentileza. Porém,
num momento de coragem e decidida a enfrentar o tudo ou nada, ela
decide perguntar objetivamente se ele tem algum interesse por ela, ou
se tudo não passou de um engano, fruto de um coração, por um lado
partido, mas por outro confortado por tantas atenções. Neste
momento, surpreendido, aturdido e ao mesmo tempo desencorajado, ele
apenas disfarça, como se tudo aquilo não passasse, de fato, de um
engano. Em seguida, lamenta por ela ter pensado diferente e faz um
belo e esfarrapado discurso sobre a sua dedicada amizade, negando
aquela oportunidade a si mesmo, porque na sua complexa e meticulosa
cabeça, só era bom enquanto não era real.</span></span></p><p class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">20/11/2022 <br /></span></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-2197140184995685452022-10-16T12:13:00.000-03:002022-10-16T12:13:01.662-03:00O açúcar da nossa terra<br /><div dir="auto"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQq2JvgANqlmZx-Jg7GO2J7F5tEXW1wZcdSskjAO_bKB7WUkfKdIX620VCSGyEtDFQnobSu1ODcTn831JJOjyLVLkUGKp6kdG__t8ktjxLkk0H_MeN7D0j7uZUx7Tj02qojaaPlEvK3onuBO0uaiCTSyhndDcOcXLQC1aI9BT--wlr2taKqdXasr9jWw/s259/Olinda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="137" data-original-width="259" height="106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQq2JvgANqlmZx-Jg7GO2J7F5tEXW1wZcdSskjAO_bKB7WUkfKdIX620VCSGyEtDFQnobSu1ODcTn831JJOjyLVLkUGKp6kdG__t8ktjxLkk0H_MeN7D0j7uZUx7Tj02qojaaPlEvK3onuBO0uaiCTSyhndDcOcXLQC1aI9BT--wlr2taKqdXasr9jWw/w200-h106/Olinda.jpg" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pintura: Zé Som<br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">É comum
ver pessoas cantando a saudade de sua terra quando está longe. Vi isso
surgindo muitas vezes dos que se foram cedo de uma terra que um dia
conheci. Depois disso, entendi o porquê de quem se vai dizer que ela é
de açúcar, uma doçura que só a falta aflora o paladar. Um sabor que só
pode ser sentido por quem não a pode ter ao alcance das mãos.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por
um estranho fenômeno no qual a explicação pode estar em uma outra
encarnação, nunca consegui me sentir pertencente ao lugar que nasci e
vivo e, portanto, não experimentei o doce da ausência. Admiro quem ama
suas raízes e faz dela seu pilar, seu lugar. Depois de muito andar por
aí, passei a desconfiar onde gostaria de estar e tenho a esperança de um
dia aportar por lá. Quem sabe consigo encontrar a sensação de
pertencimento que todos precisamos ter.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas
como a vida dá muitas voltas, a recente discriminação contra as pessoas
da região onde nasci, me fez vivenciar e perceber a beleza de estar
onde estou e me orgulhar. É nessas horas que nos unimos e nos tornamos
mais fortes. E os que pensam que irão nos destruir pelo preconceito
ou por uma suposta diminuição do que somos, nos faz maiores, verdadeiros
gigantes. Hoje ainda mais determinados em nossos propósitos e
preparados para resistir, estamos tendo a oportunidade de mostrar o que
temos de melhor e, por outro lado, expor a fraqueza dos que tentam nos
encolher.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E foi por isso
que não precisei estar longe para vislumbrar o lado açucarado da minha terra.
Já que o inesperado traz consigo o não calculado, de forma inusitada
fui assolada por um sentimento de estar ligada ao chão onde nasci, do
valor dos que habitam esse solo, do que podemos ser e fazer. Só sinto as
pessoas não se aperceberem de que se nos uníssemos e fôssemos mais
independentes, poderíamos crescer e chegar até onde nossos pés pudessem
nos levar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pensando bem, é
possível que o problema da minha sensação de não ser do meu lugar é
porque gostaria de vê-lo ser muito mais do que é e isso não acontece.
Talvez o sonho que não se realiza de uma prosperidade travada pelos que
nos subjugam seja a pedra no caminho, o que não me traz a
plenitude de ser de onde sou. Quero crer que um dia enfim, as pedras
serão varridas; que a nossa grandeza tomará o seu lugar e que eu
possa sentir dentro de mim o pulsar das minhas origens, o reencontro
definitivo com minhas raízes.</div><div class="yj6qo" style="text-align: justify;"></div><div class="adL" style="text-align: justify;"><br /></div><div class="adL" style="text-align: justify;"><br /></div><div class="adL" style="text-align: justify;"><br /></div><div class="adL" style="text-align: left;"><br /><br /></div>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-34002940000140234662022-09-11T15:35:00.002-03:002022-09-11T15:35:57.592-03:00 Lembrancinhas de viagem<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNVvcUEoR_Q17tK01dgKhd5T0mnPoUCO4LlrO1YSgO1unm-3vMR0hmnRCOqwc2jFcMCU1QAOqDngq_Vt6RhSPD6T2pOxLTVhiLCG7vtR-w0cmJHgBTirGKh3NZv3fSa9CSd_C-woW3dCExdwtsIpzyKSt3egi4gSj7WZnEwYijhAn5evink-yo-BgC1g/s231/Souvenirs.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="154" data-original-width="231" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNVvcUEoR_Q17tK01dgKhd5T0mnPoUCO4LlrO1YSgO1unm-3vMR0hmnRCOqwc2jFcMCU1QAOqDngq_Vt6RhSPD6T2pOxLTVhiLCG7vtR-w0cmJHgBTirGKh3NZv3fSa9CSd_C-woW3dCExdwtsIpzyKSt3egi4gSj7WZnEwYijhAn5evink-yo-BgC1g/w200-h133/Souvenirs.png" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Jametlene Reskp</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;">Gosto muito de viajar e
inevitavelmente <span style="background: white; mso-highlight: white;">de</span>
comprar lembrancinhas do lugar que fui conhecer. É quase uma lei adquirir
aquele objeto que vai manter a memória de mais um lugar desbravado. Não há como
não trazer no mínimo um ímã de geladeira, e a essa altura da vida já são tantos
que a porta do congelador já não tem mais nem um centímetro disponível para
mais um. <br /></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É interessante como a gente se
apega a esse tipo de coisa e algumas vezes se pudéssemos trazer um pedaço do
lugar que gostamos dentro da mala, assim o faríamos. Alguns lugares são
especialistas em criar esses artigos que deixam os turistas totalmente
encantados, e não há como resistir, afinal é disso que muitos vivem nos locais
turísticos. Muitas vezes travamos uma batalha com os vendedores para conseguir
um preço mais justo, mas geralmente não abrimos mão de obter aquele item
especia<span style="background: white; mso-highlight: white;">l,</span> que parece
não pod<span style="background: white; color: black; mso-highlight: white;">er</span>mos
admitir a possibilidade de voltar para casa sem ele.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hoj<span style="background: white; mso-highlight: white;">e, </span>após tantas viagens e dúzias de lembrancinha<span style="background: white; mso-highlight: white;">s,</span> começo a repensar sobre
a questão. Não que seja algo tão sério que não possa mais faze<span style="background: white; mso-highlight: white;">r, </span>ou me arrepender das que
já trouxe em minhas andanças, mas penso que poderia ter comprado menos. Se
estamos vivendo um momento de maior consciência de consumo é justo reavaliar
também este comportamento, que a princípio parece inofensivo, mas na realidade
alimenta uma sede de gastar com algo que não precisamos ter. Se pararmos para
pensar, as milhares de fotos que tiramos hoje com a facilidade das câmeras nos
celulares já são suficientes <span style="background: white; mso-highlight: white;">e,
</span>um exagero para guardarmos as recordações de onde passamos.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Outro dia estava lendo um livro
da escritora Martha Medeiros onde ela narrava uma série de viagens que fez a
vários paíse<span style="background: white; mso-highlight: white;">s,</span> e
mencionou o <span style="background: white; mso-highlight: white;">assunto dos souvenirs,</span>
porque assim como a grande maioria das pessoas, ela também costumava adquiri-los
por onde passava. Foi assim até que o dia em que teve um forte sentimento da
não necessidade desse impulso e concluiu que outras fontes de recordação lhe
bastavam. Penso que estou entrando nessa “vibe”. É claro que isso exige uma
certa maturidade ou consciência e não sei se chegarei lá, mas tenho começado a
me policiar a respeito e tentado ao menos diminuir a minha cota para um por
cidade. Parece suficiente até que consiga assimilar a ideia de guardar o
registro de onde andei em fotos e na memória<span style="background: white; mso-highlight: white;">, </span>que são os melhores lugares para isso.</p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Racionalizar também pode ser uma
saída, ou seja, comprar algo que estejamos precisando ou que consumiremos ao
invés de acumularmos, como uma bebida ou comida. Garanto que é sempre muito
prazeroso relembrar um lugar através do paladar. Mas como costumam dizer os
entendidos, é um processo e cada um tem o seu. Hoje reavaliando a questão,
coloco meus souvenirs na conta do<span style="background: white; mso-highlight: white;"> “</span>despertament<span style="background: white; mso-highlight: white;">o”</span>
dessa consciência<span style="color: black;"> <span style="background: white; mso-highlight: white;">ac</span>e</span>rca do consumo, e espero fazer progressos
e estimular outras reflexões na mesma linha. Afinal é das pequenas coisas que
chegamos às grandes.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">11/09/2022 <br /></p>
<p></p>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-30624459458507255732022-08-10T15:35:00.000-03:002022-08-10T15:35:35.117-03:00Cantinho do café<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMfTFrzYKvP1VRJJqxciLy0y5yyBcpzjsDiqdblwNBM-JVf-5PnbcXPC-s6I4_k4dPWSI_uHx-XtLi2lDdEwVFSOEIxJb1lYI69l84OoQFcw-bP6Vlaig8YCUnGwV--0qOczSs2Rp2P-Cnx_iheNzrgpa6Ze0zSKM9LZ9DwkyASpzMeDNmmAVTZ12fzQ/s182/CantoCafe.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="182" data-original-width="155" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMfTFrzYKvP1VRJJqxciLy0y5yyBcpzjsDiqdblwNBM-JVf-5PnbcXPC-s6I4_k4dPWSI_uHx-XtLi2lDdEwVFSOEIxJb1lYI69l84OoQFcw-bP6Vlaig8YCUnGwV--0qOczSs2Rp2P-Cnx_iheNzrgpa6Ze0zSKM9LZ9DwkyASpzMeDNmmAVTZ12fzQ/s1600/CantoCafe.png" width="155" /></a></div><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.21cm;"><span style="color: #222222;">Durante a maior parte da minha vida não fui
uma consumidora de café, mesmo tendo aprendido a prepará-lo muito
jovem, pois minha mãe e minha avó, que morava com a minha família,
eram bebedoras contumazes. Eram várias xícaras grandes por dia, e
quando eu fazia já deixava uma garrafa térmica cheia só para as
duas. </span><span style="color: #222222;">E</span><span style="color: #222222;">stranhamente
esse costume não se estendeu aos outros moradores da casa, nem mesmo
pela genética. </span><span style="color: black;">M</span><span style="color: #222222;">inha
mãe era tão condicionada ao café que </span><span style="color: #222222;">em
um</span><span style="color: #222222;"> determinado momento da vida</span><span style="color: #222222;">,
quando reso</span><span style="color: #222222;">lveu diminuir o seu consumo
drasticamente passou tão mal que foi diagnosticada com crise de
abstinência, o que foi suficiente para que ela modificasse seus
planos de frear o vício relacionado ao café.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.21cm;">
<span style="color: #222222;">Muitos anos se passaram até o dia em que
comecei a achar que seria uma boa ideia tomar um caf</span><span style="color: black;">ez</span><span style="color: #222222;">inho
no meu trabalho para cortar o cansaço</span><span style="color: #222222;">,
o que fiz </span><span style="color: #222222;">de forma comedida em razão de
uma labirintite. Mas</span><span style="color: #222222;">,</span><span style="color: #222222;">
como e</span><span style="color: black;">sta</span><span style="color: #222222;">
bebida tem sua magia, as poucas paradas para uma leve saboreada,
mesmo misturada ao leite, já eram suficientes para dar aquela
sensação de prazer que aquece a alma. E pouco a pouco fui
expandindo meu ambiente exclusivo de consumo de café</span><span style="color: #222222;">,
do</span><span style="color: #222222;"> trabalho para as cafeterias.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.21cm;">
<span style="color: #222222;">Com a possibilidade de experimentar outros
sabores dessa bebida, descobri então que cafeterias são cantinhos
dos </span><span style="color: black;">deu</span><span style="color: #222222;">ses.
Se existe um lugar agradável, esse é um forte candidato. Não sei
se acontece de outras pessoas pensarem da mesma forma, creio que sim,
porque não deve ser à toa que esse espaço tornou-se uma febre
mundial. </span><span style="color: #222222;">A</span><span style="color: #222222;">lg</span>uns
<span style="color: #222222;">são tão adequadamente decorad</span><span style="color: black;">os</span><span style="color: #222222;">
que influenciam na nossa experiência de saborear essa bebida, que é
a segunda mais consumida no mundo. </span><span style="color: black;">E</span><span style="color: #222222;">specialistas
no assunto dizem que tudo que nos cerca influencia </span><span style="color: black;">o</span><span style="color: #222222;">
paladar no momento em que estamos ingerindo ou degustando um café, </span><span style="color: #222222;">e
</span><span style="color: #222222;">não somente o nosso estado de espírito
como também o ambiente em que estamos inseridos, incluindo as cores
envolvidas. </span><span style="color: #222222;">Isso explica a preocupação
das cafeterias com o seu aspecto.</span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.21cm;">
<span style="color: #222222;">Mas quando a gente começa a se encantar com
essa bebida não tem jeito, daí a querer estar com ela sempre ao
nosso alcance é praticamente um caminho inevitável. E foi imbuída
desse sentimento que criei na minha casa o cantinho do café, pequeno
e simples, mas com todas as opções para a sua preparação</span><span style="color: black;">.
A</span><span style="color: black;">lém</span><span style="color: #222222;"> do
</span><span style="color: #222222;">principal ingrediente, o café, </span><span style="color: #222222;">e
os recipientes para o seu consumo, as xícaras. </span><span style="color: #222222;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">H</span></span></span><span style="color: #222222;">o</span><span style="color: #222222;">je
sou uma apreciadora com moderação, d</span><span style="color: black;">i</span><span style="color: #222222;">ferente
da minha mãe e avó, que não viveram para conhecer as máquinas de
café e as cafeterias. </span><span style="color: black;">S</span><span style="color: #222222;">ou
daquelas que vê na junção café com bolo ou pão de queijo, a
fórmula mágica do aconchego e pra completar, só falta uma boa
conversa. </span><span style="color: #222222;">E aí, vai um café?</span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.21cm;"><span style="color: #222222;"> </span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.21cm;"><span style="color: #222222;">10/08/2022 <br /></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-41956983994817172282022-07-10T15:21:00.000-03:002022-07-10T15:21:17.639-03:00 Desastrados domésticos<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirnvxJORNPnf3wocQmqDHa9CDsukQdaWK9ecaFf3OX8PT-cOkIccqUVvONTVbNgH2PvCxPPmL1XdxAhIYvqPUBI8PDMMwl_gt-P1uL-uo4s3QhnYfo6QyfGIXn-oZNZQkCvGWJnuRK4KCE5CjYkwAvn3bSZRNmj7BIUCfEQy1l6WB0XnWMZSg6oeO7PA/s192/PratoQuebrado.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="129" data-original-width="192" height="129" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirnvxJORNPnf3wocQmqDHa9CDsukQdaWK9ecaFf3OX8PT-cOkIccqUVvONTVbNgH2PvCxPPmL1XdxAhIYvqPUBI8PDMMwl_gt-P1uL-uo4s3QhnYfo6QyfGIXn-oZNZQkCvGWJnuRK4KCE5CjYkwAvn3bSZRNmj7BIUCfEQy1l6WB0XnWMZSg6oeO7PA/s1600/PratoQuebrado.jpg" width="192" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto:Chuttersnap</td></tr></tbody></table></p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Quase todo mundo tem histórias pra contar de acidentes domésticos,
resultantes de investidas desastradas para realizar alguma atividade
caseira. Uns mais, outros menos. Penso que me encaixo perfeitamente
no primeiro grupo, ou seja me considero com exageros e tudo, um
verdadeiro perigo do lar.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Já
percebi que ocorre um fenômeno que desconfio o motivo, mas ainda não
tenho certeza das causas. Observei que geralmente quando faço alguma
bobagem, quase que imediatamente repito a besteira. Um exemplo é
quando encosto a mão numa panela ou no forno quente, com o susto
encosto novamente e de prêmio fico com duas queimaduras. Se derrubo
um prato da pia, na tentativa de salvar o dito cujo, já vou
derrubando outras coisas. Copo geralmente quebro dois ao mesmo tempo,
nessa categoria desconfio que sou uma recordista. E por aí seguem os
desastres. Mas, o meu consolo é que de vez em quando alguém faz
alguma traquinagem em casa e aí já fico com moral pra não ser a
única no “país” dos desastrados.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Embora
a minha lista pessoal de acidentes caseiros seja enorme, tem
histórias que não são minhas, mas gosto de relembrar. Como no dia
em que o meu marido resolveu abrir a cafeteira que ainda tinha
pressão e bum! Foi café pra todo lado, segundo ele, o único lugar
que sobrou limpo na cozinha foi embaixo dos seus pés. Ainda bem que
eu não estava em casa para participar da faxina, assim ri mais
quando soube do acontecido. Mas, nem sempre a culpa é totalmente do
desastrado. Há um tempo atrás me orgulhava de nunca queimar o pão
na hora de preparar o café da manhã, já que esta era uma prática
diária, porém, o grill resolveu acabar com a minha alegria e
começou a assar os pães de forma irregular. Desde então, muitos
pães quando não vão para o lixo queimados, vão pra lixadeira, já
que seguem para o processo de raspação quando a perda não é
total.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">E o que
dizer dos acidentes naturais ou “sobrenaturais” no ambiente
doméstico? Sim porque, às vezes penso que é coisa do capeta quando
está desocupado. Não pode ser coisa de Deus, embora aconteçam
espontaneamente. Nesse ramo tenho histórias: inundação da sala em
pleno 2º andar no primeiro apartamento que morei<span style="color: black;">;</span>
duas janelas que bateram e quebraram os vidros; uma garrafa de
refrigerante de 3 L que explodiu sozinha, inundando de coca-cola uma
minúscula cozinha; um fio que derreteu e deu curto circuito dentro
da parede; um ar condicionado que pegou fogo; um vidro de leite de
coco que explodiu sozinho, e por aí vai. Pode ser até que tenham
ocorrido outros, mas acredito que já seja o bastante para concluir
que os desastres, por algum fenômeno não explicável, também vão
atrás das criaturas mesmo que ela não os procure.
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">E
salve-se quem puder, ou melhor, quem chegar a tempo. Foi o que
aconteceu quando os desastres adentraram em nossa casa e tivemos que
correr para evitar a propagação dos efeitos desses famigerados
acidentes. Há quem diga que uma figa ou uns galhinhos de arruda
ajudam a combater esses espíritos encapetados que assolam os lares.
Não sei se teriam esse poder, ainda não testei, só sei que cada
vez que esses “fenômenos” ocorrem, lembro de uma colega que
dizia nessas ocasiões: “sangue de Cristo tem poder!”. O fato é
que no final sempre escapamos com vida e, entre mortos e feridos
salvaram-se todos, levando-nos a suspeita de que os anjos do bem
possam também ter entrado em cena. Afinal, tudo é uma questão de
crença, acredite se puder!</p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />10/07/2022 <br /></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-30283518067336341902022-06-05T15:57:00.005-03:002022-08-18T16:56:40.479-03:00Cheiro de goiaba<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNJKOW3HODmP0-_B926X3zCryhrwsK-nKCilHbDLXZJ7IGgtCmdRFKQcRVwsk1W2LEtJve_VwoYLtsuLKy1FMtyYpcaDvjFD9eq_TH_Z31dPR-8wOyQvyQBBxftnoUE5T6q4jBeMEzOFnax5zpTWTdQetnWpmR-Njpghj-ycurw6axeayOkHb0G1Ovow/s268/Goiabas.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="268" height="137" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNJKOW3HODmP0-_B926X3zCryhrwsK-nKCilHbDLXZJ7IGgtCmdRFKQcRVwsk1W2LEtJve_VwoYLtsuLKy1FMtyYpcaDvjFD9eq_TH_Z31dPR-8wOyQvyQBBxftnoUE5T6q4jBeMEzOFnax5zpTWTdQetnWpmR-Njpghj-ycurw6axeayOkHb0G1Ovow/w200-h137/Goiabas.png" width="200" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ossama Safi<br /></td></tr></tbody></table><p></p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Sempre se ouviu falar que os cheiros trazem recordação, que eles
fazem parte de uma memória, que tanto podem remeter a bons quanto
más momentos. E é muito interessante o quanto os cheiros, assim
como os sabores, nos marcam. Não precisa de muito para que nos
transportem a tempos e lugares e às sensações as mais diversas.
Isso é tão forte que o pensamento no cheiro de uma pessoa, por
exemplo, pode tanto alimentar uma saudade, como consolar. Por isso
penso que uma das coisas ruins de quem fuma é perder o seu próprio
cheiro, aquele que lhe identifica e que deixa em quem o ama o
registro que perfuma a lembrança daquela presença. Parece não ter
muita importância, mas na conta das boas recordações vale o lugar
que ocupa, como uma pequena pérola que compõe uma <span style="color: black;">jo</span>ia.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">E assim
os cheiros vão marcando a nossa vida, como o de goiaba, por
exemplo, que é tão marcante que não tem como esconder nem um único
exemplar desta fruta sem que se perceba. E<span style="color: black;">le</span>
se denuncia ou denuncia o seu portador num piscar de olhos. É certo
que às vezes não parece muito bom, estranhamente há momentos em
que se confunde de uma maneira estranha com outros aromas, mas o
ve<span style="color: black;">rdadeiro cheiro, a</span>quele que desperta a
vontade de saborear a fruta, este sim acho que marcou a infância ou
juventude de muita gente, por ser fonte de cobiça nas árvores
alheias. Difícil alguém ter um pé de goiaba em casa e não
aparecer ninguém para pedir. Tenho uma amiga que até hoje possui
uma cicatriz na perna, resultante de uma queda de um pé de goiaba do
seu próprio quintal.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Mas se
os aromas nos conquistam, estranhamente não é muito próprio dos
seres humanos ter um olfato aguçado. <span style="color: black;">G</span>eralmente
isso é bem mais latente nos animais, que necessitam dessa qualidade
para sobreviver. <span style="color: black;">Po</span>rém não consigo
deixar de me admirar com a minha sensibilidade quanto a essa questão, é
claro que nem chega perto da sensibilidade dos animais, mas há
momentos em que se revela intrigante o funcionamento desse sentido em
mim. A situação em que notei mais fortemente, aconteceu num dia em
que acordei sentindo um forte cheiro de goiaba dentro de casa e não
entendia o porquê, perguntei ao meu marido se ele também sentia e
ele ficou abismado com a pergunta por não sentir cheiro algum<span style="color: black;">.
In</span>trigada com a questão fui “farejando” até chegar<span style="color: black;">
</span><span style="color: black;">à </span>cozinha e lá perce<span style="color: black;">bi
</span>que o cheiro vinha de fora, foi quando abri a porta e vi que
havia um saco pendurado na maçaneta da porta da vizinha com algumas
goiabas, alguém havia deixado lá de presente e, meu marido quase
não acreditou quando lhe provei que estava certa e que havia goiab<span style="color: black;">as
p</span>or perto. <span style="color: black;">Se</span> um cheiro novo
surge no ambiente geralmente sou a primeira ou, uma das primeiras a
perceber.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Fico
pensando se o motivo de<span style="color: black;">ss</span>a sensibilidade
é porque talvez eu tenha sido algum tipo de bichinho em outra
encarnação, nunca irei saber. Porém independente dessa habilidade,
o fato é que todos nós temos as nossas memórias associadas aos
aromas que marcaram nossas vidas e, mais do que isso, hoje se sabe
por exemplo que a aromaterapia é uma fonte de cura e bem estar, e
tenho tido a oportunidade de conhecer esses benefícios que podem nos
trazer mais do que boas lembranças, saúde e equilíbrio.
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Muitas
vezes não damos a devida importância aos nossos sentidos, até que
descobrimos de maneira tortuosa o quanto nos faz falta quando os
perdemos. <span style="color: black;">Então, </span>para os que ainda não
entendem a importância de proporcionar uma boa lembrança olfativa,
fica a dica: qualquer pessoa que convive conosco pode nos
proporcionar a reco<span style="color: black;">rdaç</span>ão de um bom
aroma, às vezes um pouco forte, outras vezes suave, mas é vital
aliar a isso uma boa razão para se guardar esse perfume, mesmo que
seja de uma fruta, como uma saborosa goiaba.
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">05/06/2022</p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-60009935835675335492022-05-09T16:28:00.004-03:002022-05-09T16:45:38.944-03:00As agruras de uma viagem <p></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFIfsynXTzW-bKP-Lye-R6d7KMAFnXQBAWrYkevzIRWpOuRmCczxOSB0NiDF7qoohx7mudmyC3ndL_TXItgjezsFX72gj_eQZnaBCYzSizDAeq7vIqZAULxTvdZzQ9M-rkTA3kJhUaEbUI8exNZt1CiJ5EofADD9pPoX7q435vcfm2nBJjrbgSk1Td2w/s195/Viagem_Carro.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="135" data-original-width="195" height="119" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFIfsynXTzW-bKP-Lye-R6d7KMAFnXQBAWrYkevzIRWpOuRmCczxOSB0NiDF7qoohx7mudmyC3ndL_TXItgjezsFX72gj_eQZnaBCYzSizDAeq7vIqZAULxTvdZzQ9M-rkTA3kJhUaEbUI8exNZt1CiJ5EofADD9pPoX7q435vcfm2nBJjrbgSk1Td2w/w173-h119/Viagem_Carro.png" width="173" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><h2 class="_7UhW9 fKFbl yUEEX KV-D4 fDxYl"><span style="font-size: xx-small;">Foto: Romain (@visionbrute)</span></h2></td></tr></tbody></table><p></p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Gosto muito de viajar, tento fazer isso sempre, quando das férias da família. Normalmente a “festa” começa meses antes
com a preparação de um roteiro detalhado, a fim de maximizar a
diversão, aproveitando de forma eficiente o tempo que temos a nossa
disposição, que em geral é curto, considerando que fazemos
questão de conhecer a maior quantidade de lugares possíveis dentro
do destino escolhido.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Na
maioria das vezes temos a sorte de conseguir fazer praticamente tudo
o que programamos, são raros os contratempos ou incidentes em
nossas viagens. E como temos a consciência de que eles podem
acontecer, procuramos ter em mente que não devemos deixar que algo
que deu errado possa estragar a viagem, já que na maior do tempo
parte nos divertimos e as coisas costumam fluir como esperado. Porém,
houve uma ocasião em que, por uma estranha conjunção planetária,
digo isso por falta de uma explicação melhor, há <span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">alguns
anos atrás</span></span></span></span> fizemos uma a qual
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">consideramos</span></span></span></span>
totalmente inusitada, dado a quantidade de incidentes que se
sucederam, como nunca havia ocorrido antes.<br /></p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Começou
com a quebra de uma peça da nossa máquina fotográfica profissional
logo no primeiro dia, o que deixou meu filho que a operava,
inicialmente chateado. <span style="color: black;">S</span>eguindo nossas
convicções resolvemos tentar não nos afetar por es<span style="color: black;">se
a</span>contecimento, mas logo na seq<span style="color: black;">u</span>ência
a sandália que eu havia comprado para usar na maioria dos passeios,
se descolou. Até aí tudo bem, mas eis que alugamos um carro que foi
entregue com defeito na fechadura e quando reclamamos a Locadora nos
culpou de forma grosseira e é claro, ficamos aborrecidos com o
tratamento recebido. Para evitar quebrar o clima com esse percalço
arrumamos uma maneira de contornar o problema e mais uma vez seguimos
em frente, não sem antes descobrir que no hotel em que estávamos
nunca tinha vaga na garagem quando retornávamos dos passeios, o que
passou a ser um desafio diário encontrar um lugar para deixar o
carro sem sermos multados.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Resolvemos então
continuar nosso roteiro e fomos conhecer um belo local e a primeira
descoberta ao pegar a estrada foi: o carro não podia passar dos 80
km/h que se <span style="font-family: Times New Roman, serif;">estremecia</span> todo. Tivemos que atravessar um trecho de estrada esburacada e
coberta por areia vulcânica e o carro parecia uma bateria de escola
de samba com tantos sons de peças batendo. <span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">Mas
a coisa não parou por aí</span></span></span></span>, então quando
chegamos na pousada, um pneu murchou. Havia furado na volta do
passeio, e quando fomos trocar no dia seguinte, o macaco não
sustentou o carro que pendeu para um lado, chegando a <span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">encostar
</span></span></span></span> na coluna de madeira que apoiava a
coberta da garagem, quase causando um grande acidente. <span style="color: black;">C</span>omo
se não bastasse, quando estávamos na borracharia para recuperar o
pneu furado e olhei atentamente para o para-brisa, percebi que
<span style="color: black;">surgira</span> uma pequena rachadura decorrente
de uma pedra que provavelmente havia nos acertado no último passeio,
agora era rezar para não sermos cobrados por mais essa. <span style="color: black;">A</span>inda
bem que não fomos.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Outro
problema que tivemos ocorreu porque a cidade em que passamos a maior
parte dos dias nunca fazia calor e por isso o hotel não tinha
ar-condicionado, mas por um acaso da natureza o tempo esquentou e
começamos a ter dificuldade para dormir, até que não nos restou
outra opção a não ser comprar um ventilador, coisa rara naquele
lugar e difícil de conseguir por um preço que não representasse um
grande prejuízo para nós. Isso foi realmente inusitado.
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Mas
para fechar com chave de ouro, quando fomos fazer o último passeio,
o qual seria para uma região distante, na metade do caminho
descobrimos que a estrada era longa, deserta e parcialmente coberta
por areia vulcânica e buracos. Estando com um veículo em estado
duvidoso, o receio tomou conta. Mas, baseados na nossa política de
resiliência, resolvemos seguir em frente. Mesmo tendo conse<span style="color: black;">guido
</span>chegar em paz, noss<span style="color: black;">os corações </span>iam
basicamente na mão, e depois de uma longa jornada e já cansados,
empoeirados, com frio e loucos por um banho quente, descobrimos que
a pousada tinha problemas com os chuveiros e, à noite, a água
praticamente não<span style="color: black;"> aquecia</span>, nos obrigando a relevar um banho frio. Mas o dia
seguinte ainda nos reservaria novas surpresas. Saímos empolgados para
conhecer um belo parque com incríveis paisagens, no entanto, ao
chegarmos na entrada fomos surpreendidos com uma <span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">maratona</span></span></span></span>
anual que estava acontecendo no local, nos custando horas de
engarrafamento, só para entrar. O resultado: tivemos que
mudar nossos planos, porque não havia mais tempo hábil para a
trilha que faríamos e parte da área estava fechada em decorrência
de um incêndio recente. O plano “B” então foi começar o nosso
retorno por uma estrada dentro do parque que nos proporcionaria
algumas belas fotos, como consolo de um longo passeio praticamente
frustrado onde tivemos mais desafios que diversão. E ao fim<span style="color: black;">,</span>
sair daquele emaranhado de coincidências nada agradáveis passou a
ser o nosso objetivo. Ainda hoje me pergunto o porquê de tantas
agruras numa só viagem, talvez nunca descubra, mas desconfio. Só
sei que todos os dias lembrávamos de uma piada de Chico Anísio onde
ele dizia, após enfrentar inúmeras situações complicadas com um
carro velho numa estrada: “tá certo que a gente viesse, mas
precisava trazer o carro?”.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">E para
dar adeus aos estranhos contratempos e nos despedirmos, resolvemos ir
a um restaurante que havíamos gostado muito e, além disso, podíamos
pagar com cartão, já que era nosso último dia do roteiro e o dinheiro estava no
limite. Porém, ao pedirmos <i>la cuenta,</i> enorme foi a nossa
surpresa ao sermos informados pela garçonete, sem a menor
cerimônia, de que naquele dia não estavam aceitando cartão, apesar
das placas informando o contrário. Quase não acreditamos, tivemos
que “raspar o tacho” até os nossos últimos centavos para
evitarmos cair nessa última cilada, parece que essa viagem não
estava mesmo escrita nas estrelas.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;">A</span>
má sorte com o automóvel alugado acabou quando o entregamos e o
vistoriador não se apercebeu dos problemas do carro. <span style="color: black;">T</span>odo
o estresse valeu uma reclamação à empresa que havíamos feito o
contrato de locação, que ao final nos deu um bônus para uso
posterior, <span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="pt-BR">recompensa</span></span></span></span>
bastante útil na viagem seguinte. Ficamos imaginando que a franquia
a qual se portou de maneira vergonhosa deve ter recebido um bom puxão
de orelha do franqueador. E como costuma-se dizer “há males que
vêm para o bem”. É certo que o mal foi maior, e apesar de termos
até cancelado alguns passeios por causa do malfadado veículo, por
um outro lado, ele nos levou a vários lugares onde conseguimos fazer
registros de paisagens de tirar o fôlego e não nos deixou
totalmente na mão. A lição maior foi que é sempre bom lembrarmos
quando formos lidar com nossos <i>hermanos</i> argentinos, que
precisamos ter as mesmas precauções que temos com <i>los</i> <i>hermanos</i>
<i>brasileños</i>, porque afinal somos <i>hermanos</i> até nos
nossos defeitos.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">09/05/2022<br />
</p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-90188823552845488312022-04-09T12:28:00.001-03:002022-04-11T18:07:11.718-03:00 Estranhos direitos <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";"></span></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLLWpqXjfPy_JPe5t5WZWiWDx6ifINUDgSoGnr5Q3CcQgMTmhL-CHSK4DrEpMUYMr7gP3F34sFtpTwO-uRyUctQsb_2tvGtnUnO2ALPz5uQJ6eGLd1fEeoDbpDB_9oKGFuCZdiczywfS3Jjhjcsje7bMZMdyBiNya0XFAPkLfEMaqa5OA9LAq1Ju653w/s150/Protestos.png" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="150" data-original-width="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLLWpqXjfPy_JPe5t5WZWiWDx6ifINUDgSoGnr5Q3CcQgMTmhL-CHSK4DrEpMUYMr7gP3F34sFtpTwO-uRyUctQsb_2tvGtnUnO2ALPz5uQJ6eGLd1fEeoDbpDB_9oKGFuCZdiczywfS3Jjhjcsje7bMZMdyBiNya0XFAPkLfEMaqa5OA9LAq1Ju653w/s16000/Protestos.png" title="Foto: Joy Yates" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Joe Yates <br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Nunca pensei que viveria um tempo onde assistiria a um retrocesso moral tão grande, quando a
humanidade já deveria estar seguindo em frente e se tornando cada vez mais
civilizada, conforme a lógica simples de aprender com os erros do passado.
Muitos deles ocorreram há pouco tempo, a ponto de ainda existirem pessoas vivas
para relatá-los. </div><p style="text-align: justify;"></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";">É espantoso como, em meio a um avanço
tecnológico sem precedentes, os homens iniciam um processo de busca por
direitos no mínimo bizarros. Hoje, se veem pessoas lutando pelo direito de
exercerem o seu preconceito, de defenderem partidos que promovem a morte,
fazendo questão de mostrar o seu lado mau, sem pudor, até porque possivelmente
não o têm.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";">Fico me perguntando como se pode
defender o direito de não aceitar o outro, quando o outro não escolhe, por
exemplo, de que cor vai nascer e nem pode mudar isso. Como é que a pessoa
não se coloca no lugar alheio e não pensa “e se fosse eu que estivesse do
outro lado”? Para os que acreditam numa outra vida, é certo que essas pessoas
voltarão e, exatamente, na pele daqueles em quem um dia pisaram, que
maltrataram, ignoraram ou coisas do gênero.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";">No entanto, isso não resolve o
problema mundano de termos de assistir a esse tipo de comportamento egoísta,
frio, doentio, sem nenhuma empatia. Então, o que nos traz esperança é que
da mesma forma que existem esses indivíduos disformes, sem humanidade, existem
aqueles que os combatem, que tentam abafar essas vozes, as quais,
provavelmente, são uma minoria barulhenta, porque quem não tem razão grita para
ser ouvido.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";"></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";">Às vezes, fico angustiada vendo a maldade ser defendida em
todas as partes do mundo e também em meu país. Entretanto, vale lembrar que
essas pessoas não nos representam, nem são o símbolo da raça humana, mas
uma degradação ou distorção dela. Então, a cada ser que abre a boca defendendo
uma guerra, somos e sejamos centenas dizendo NÃO. A cada novo fascista que
defende o racismo e a segregação, sejamos milhares a dizer NÃO. E não importa
se o mundo, de vez em quando, gira ao contrário, porque existirão sempre os que
o colocarão novamente no rumo certo e me orgulho de estar entre esses.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; mso-bidi-font-family: "Lohit Devanagari";">09/04/2022 <br /></span></p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-48312351985666433102022-03-06T14:17:00.000-03:002022-03-06T14:17:14.947-03:00Sobre vidas<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="color: #222222;"></span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjOhH_gKBtdVttAUj52g3sfknt6a08PnKPbq9L7gEOygekL71ihH2zVd61RtkKhBMNeLeqquv-19KQ6Tfpus6sPRnoVgRRqaJcqncYNyx8HrR97tSJ9WEukAdRyAKy0aKZDfw-bQPp4FwczUDPxiCJDS0w4HUkjmv5idmuMiDBrMzXQr4pY1KklPsT1hg=s205" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="157" data-original-width="205" height="157" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjOhH_gKBtdVttAUj52g3sfknt6a08PnKPbq9L7gEOygekL71ihH2zVd61RtkKhBMNeLeqquv-19KQ6Tfpus6sPRnoVgRRqaJcqncYNyx8HrR97tSJ9WEukAdRyAKy0aKZDfw-bQPp4FwczUDPxiCJDS0w4HUkjmv5idmuMiDBrMzXQr4pY1KklPsT1hg" width="205" /></a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Sempre que
se fala em vida, no valor que ela tem, do quanto ela é preciosa, do
quanto temos que agradecer por ela, não consigo evitar o pensamento
sobre aquelas que são ceifadas precocemente. Já ouvi muito a
respeito e já li muito, e até já me convenci de que isso faz parte
de um plano maior, que está fora da nossa compreensão <span style="color: black;">e,
</span>mais ainda fora da nossa aceitação. Existem coisas que mesmo
que a gente saiba, não significa que possamos absorver, e essa é
uma delas.</span></span></p>
</div><p></p>
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"></span></span><p></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">A vida
perdida de uma criança o</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">u
de </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">um
jovem parece sempre muito mais difícil</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
de a</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">ceitar,
é sempre aquele sentimento da </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">algo
interrompido </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">bruscamente,
abruptamente e a nossa mente não está preparada para isso. </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Um
lugar onde isso se torna </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">muito
latente </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">é
nas</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
guerras </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">onde
</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">humanos na
flor da idade</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
se matam por causa</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">de
velhos que os mandam fazer o que eles mesmos não têm coragem de
fazer, um</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">a
condição</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
onde milhares de vidas se perdem, no fundo sempre </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">em
razão</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
da cobiça do bicho homem.</span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Fico
tentando imaginar o que passa ou o que não passa pela cabeça de
pessoas que são responsáveis por interromper essas vidas, na maior
parte inocentes. </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Uma
das coisas que mais me </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">espanta
por exemplo, são os atentados, que</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
sendo </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">muito
chocantes por si só, tornam-se ainda mais bárbaros quando são
contra jovens. Outro dia li sobre um fanático religioso que
envenenou diversas famílias, incluindo as crianças que estavam na
comunidade. Como se concebe algo desse tipo?</span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Como uma nazista fa</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">nática
envenena seus filhos, porque a Alemanha perdeu a guerra? E</span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">stes
</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">fatos
vão muito além da nossa compreensão e o cérebro custa a
processar, se recusa a aceitar, a compreender.</span></span></p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Quando
f</span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">ala-se
qu</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">e
somos todos irmãos, torna-se até bizarro saber que temos tantos
irmãos que matam irmãos, haja vista as guerras onde a vida de fato,
só vale uma bala e mais nada. E assim sempre foi e sempre será.
Então termino me sentindo presa dentro do paradoxo do conceito do
quanto a vida é valiosa e do quanto</span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
alguns </span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">reduzem
seu valor a zero, ou quase isso. Ainda bem que existem aqueles que
tentam explicar </span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">a
</span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">pessoas
como eu o sentido de tudo isso, como falei antes, parece que faz
parte de um plano maior,</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
o</span></span><span style="color: #222222;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
meu cérebro ainda está processando essa informação, enquanto isso
sigamos a vida buscando o seu lado precioso e deixando para os fracos
de alma a escuridão das vidas sem sentido que ceifam outras vidas.</span></span></p><p>
</p><p>06/06/2022<br /></p>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-47169998517888954102022-02-06T16:27:00.008-03:002022-02-08T00:28:17.970-03:00Vida de fã<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhbYoYOCpInVqxfTjDYxhPnzm_E2GbuY8ar4EfDca-hZwlTGheA7sufSvgfkmWP2MJMGCX_tnHUuT_mvtOpS1HH_nVvlyV8SYDY_fyT4CBVJRuUHQEC9vwRgLt7vP4CNOHdSZKOmwBGLulsbQcbdCUyFwiujdrRh0L3yZ8DjEltzl-6t75XofNJNnZHwQ=s208" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="156" data-original-width="208" height="114" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhbYoYOCpInVqxfTjDYxhPnzm_E2GbuY8ar4EfDca-hZwlTGheA7sufSvgfkmWP2MJMGCX_tnHUuT_mvtOpS1HH_nVvlyV8SYDY_fyT4CBVJRuUHQEC9vwRgLt7vP4CNOHdSZKOmwBGLulsbQcbdCUyFwiujdrRh0L3yZ8DjEltzl-6t75XofNJNnZHwQ=w152-h114" width="152" /></a></div><p></p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: medium;">Outro
dia, estava assistindo a um programa<span style="color: black;">,</span> e
lá pelas tantas o apresentador perguntou a uma atriz que era uma
convidada sua, quem era a sua paixão impossível nos tempos de
adolescente, e ela sem pestanejar respondeu: Robert Redford. Um ator
de <i>Holywood </i>que hoje é uma lenda, e que foi o Brad Pitt d<span style="color: black;">a</span>s
décadas de 70 e 80. Naquele instante dei uma bela risada e me
transportei imediatamente para meus anos de adolescência, onde eu
também era completamente apaixonada por esse ator.</span></p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: medium;">Naquela
época, era muito difícil obter material sobre os nossos “crushes”
famosos, tínhamos que ficar olhando nas bancas <span style="color: black;"><span lang="pt-BR">caso</span></span>
alguma revista <span style="color: black;"><span lang="pt-BR">fizesse</span></span>
ou uma matéria, ou uma referência qualquer, ou publicasse alguma
foto deles. <span style="color: black;"><span lang="pt-BR">Eu e </span></span>minhas
amigas, éramos todas colecionadoras de tudo que fosse publicado
sobre eles. Cada uma tinha o seu e se uma visse algo <span style="color: black;"><span lang="pt-BR">sobre
o favorito</span></span> da outra, já pegava para “trocar
figurinhas”.</span></p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: medium;">Mas,
com o passar do tempo, começamos a sentir uma necessidade de chegar
mais perto daqueles que eram mais palpáveis, como os cantores e
grupos musicais brasileiros. E saímos do plano das fotos e revistas
para camarins e autógrafos. E a coisa foi ficando tão normal, que a
cada show era certo aguardar na fila do camarim para conseguir um
olá, um autógrafo, um abraço, qualquer coisa que nos
proporcionasse um momento único com nossos ídolos.</span></p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: medium;">Daqueles
anos até hoje guardo fragmentos de lembranças e fotos de revista.
Máquina fotográfica era coisa de difícil acesso para adolescentes
e, por esse motivo, raramente registrávamos nossos “grandes
momentos” em fotografias, mas apenas <span style="color: black;">na</span>
memória. Não havia celular e tão pouco redes sociais, <span style="color: black;">o
</span>que nos levava a dar valor a coisas que hoje são consideradas
banais, facilidades que, por um outro lado, provocam comportamentos
desmedidos de fãs que os levam a postar em redes sociais fotos
tiradas a qualquer custo, em situações em que por vezes os artistas
não se disponibilizaram. Naquela época, os respeitávamos muito,
era quase uma honra falar com eles, e isso nos rendeu doces e raras
lembranças, como o dia em que fiquei hipnotizada diante dos olhos do
genial Chico Buarque; na ocasião em que fomos recebidos pelos
simpáticos rapazes do conjunto 14 Bis e o dia em que encontramos com
o mineiro Beto Guedes e ele autografou nossos álbuns. Além desses
eventos, ainda tive encontros inesperados que ante a surpresa, fiquei
paralisada como o dia em que olhava a vitrine de uma loja e ao virar
para o lado, vi o cantor Alceu Valença, o qual sempre fui uma
admiradora, e outra cena que vivi foi quando estava em uma loja de
CDs e ao levantar a vista, vi em outra seção de discos Frejat, o
líder da Banda Barão Vermelho, a qual ainda sou muito fã. É
certo que não era mais uma adolescente, ainda assim fiquei sem ar e
quase virei uma estátua de pedra.</span></p><span style="font-size: medium;">
</span><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: medium;">
Acredito
que os aficionados das gerações recentes nem colecionem mais
impressos relacionados aos seus ídolos, afinal a Internet permite o
acesso fácil a tantas informações sobre esses, que já não há
mais o encanto de garimpá-las e guardá-las como verdadeiras
relíquias. Porém, há de se admitir que essa facilidade faz com que possamos obter notícias dos nossos velhos heróis, aqueles que
outrora nos faziam suspirar, e se não fosse a rede mundial, não
teríamos como saber o paradeiro de cada um e acompanhá-los até que
a vida os perca de vista. Volta e meia me pego tietando na Internet,
“caçando” menções àqueles que povoaram a minha juventude ou
mesmo a infância e se tornaram inesquecíveis. Hoje cada um deles
está ao alcance da mão e confesso que ainda me emociono quando
assisto a um vídeo de um trabalho que fizeram naqueles velhos tempos
e podemos reviver através do <i>Youtube</i>, <span style="color: black;">o que
vejo como algo positivo</span><span style="color: black;">. Enfim,</span>
isso não tem preço. E posso até comemorar: viva a tecnologia a
serviço dos fãs!</span></p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">06/02/2022 <br /></p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</p>
Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3663554954425208942.post-48269083084927167042022-01-09T16:27:00.000-03:002022-01-09T16:27:41.433-03:00Pequenos dilúvios<div style="text-align: justify;"><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXBZ4J4HJgMchaqssxQa8njeC9H24BpDC0aVtpIlNCaXhbVGct-WhO6onEm3QkCPKTHChmlJtf1zbUBsrX3OyYnpdlPB0QxiD2sNNAXaid2DZ5DzJEMYly_PKAyp6Ix6r4CNnNMToJz_BorSwf44CPJuOAnmG9kIqKqA6AYG5kuVineAvp858Z1RbKLQ=s640" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="640" height="118" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhXBZ4J4HJgMchaqssxQa8njeC9H24BpDC0aVtpIlNCaXhbVGct-WhO6onEm3QkCPKTHChmlJtf1zbUBsrX3OyYnpdlPB0QxiD2sNNAXaid2DZ5DzJEMYly_PKAyp6Ix6r4CNnNMToJz_BorSwf44CPJuOAnmG9kIqKqA6AYG5kuVineAvp858Z1RbKLQ=w176-h118" width="176" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Chris Gallagher</td></tr></tbody></table>Por
todos os pequenos dilúvios a que temos assistido ultimamente, isso
me fez lembrar que na cidade em que moro, assim como na maioria das
capitais <span style="background: transparent;">e cidades</span>
brasileiras, sempre que caem chuvas torrenciais é um Deus nos acuda. É claro que a maioria foi construída sem pensar no amanhã e a
falta de saneamento ou a sua deficiência é o vilão desse desastre
sazonal, mais precisamente anual no caso da minha cidade. Apelidei
esse acontecimento de dilúvio anual, porque todos os anos, sempre
caí uma “tromba d´água” que alaga a cidade criando um caos,
digno do noticiário nacional e de nossos dramas particulares <span style="background: transparent;">onde</span>
cada um precisa <span style="color: black;">enfrenta</span><span style="color: black;">r</span>
seus próprios desastres para chegar ou retornar do trabalho ou das
escolas, quando é possível ter escola. Não precisava ser dessa
forma se os administradores das cidades fizessem seu dever de casa e
cuidassem dos pontos vulneráveis, já tão extensamente conhecidos.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Porém,
um dia num passado já bem longínquo, aproximadamente há 45 anos
atrás, um dilúvio de verdade aconteceu na minha cidade, provocando
o rompimento da barragem da adutora que abastecia a região
traumatizou a população de uma forma tal que o subconsciente
guardou essa informação bem guardada, a ponto <span style="background: transparent;">de</span>
décadas depois, após uma forte chuva ter enchido o mesmo
reservatório e o governo ter decidido fazer uma liberação
controlada para baixar o nível da água, avisando a população.
M<span style="background: transparent;">esmo assim</span> as pessoas
entraram em pânico por acreditarem que a barragem havia novamente
estourado. Se todos os anos vivíamos um dia de agonia por causa de
alguma chuva torrencial, <span style="color: black;">esse</span> dia foi
mais uma dessas ocasiões, não por causa de uma chuva, mas pelo
pânico causado pelo aumento dos níveis dos canais provocando alguns
transbordamentos. Nesse dia o desespero da população fez todos
saírem das escolas e de seus trabalhos mais cedo, as paradas de
ônibus ficaram lotadas e o trânsito agitado. Simplesmente <span style="background: transparent;">uma
situação </span>baseada em uma enchente ocorrida tantos anos antes
havia ficado no subconsciente das pessoas, provocando um cenário de
pânico sem razão.</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Mas o
clima está mudando e o que era para ser um dia de dilúvio agora já
não sabemos mais, porque o comportamento da natureza anda cada dia
mais extremo e, às vezes, temos mais de um dia de “dilúvio” no
ano. <span style="color: black;">S</span>e não estávamos preparados para
uma ocorrência, imagine mais do que isso. Vivo me perguntando o
porquê de todos os anos termos que passar por esses transtornos,
parece que se <span style="background: transparent;">forem</span>
<span style="color: black;">resolvidos</span> definitivamente <span style="color: black;">faltará</span>
notícia nos jornais no inverno e os políticos não <span style="color: black;">poderão</span>
<span style="color: black;">prometer</span> eternamente resolver, o que no
fundo, não querem solucionar.
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</p>
<p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Assim
como tantos outros problemas que temos, <span style="color: black;">sabe-se</span>
a causa e como resolver, mas fica para o próximo ano ou <span style="background: transparent;">para
o</span> próximo governo, quem sabe um dia aparece alguém com
seriedade suficiente para encarar e dirimir essas questões, alguém
que assuma os eternos problemas que são oportunamente escanteados. O
que mais entristece é saber, que muitas vezes, as cidades tem
potenciais incríveis e constituem uma oportunidade aos que estão
governando de fazer história, de mudar verdadeiramente, de escrever
seu nome positivamente no subconsciente das pessoas, para que elas
não fiquem desenterrando desesperadamente tragédias de um passado
que pouco ensinou e ensina, porque mesmo o sofrimento se repetindo
ano a ano as pessoas ainda não são capazes de reivindicar uma
qualidade de vida mínima que elas merecem e o respeito ao voto dado,
fazendo infelizmente com que suas esperanças sejam levadas pelas
águas que todos os anos inundam as cidades. </p><p align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> 09/01/2022 <br /></p>
</div>Orihttp://www.blogger.com/profile/14257139327633269835noreply@blogger.com0